Tratamento para flacidez pós-parto: conheça a técnica usada por Isabella Scherer
Passadas cerca de duas semanas após dar à luz os gêmeos Bento e Mel, Isabella Scherer contou em seu Instagram que está fazendo um tratamento para flacidez pós-parto.
O procedimento eleito se chama Ultraformer 3 e age através da contração da pele, deixando-a mais firme e retraída.
Além disso, segundo a campeã do MasterChef Brasil 2021, a técnica será aliada a outros cuidados, como a aplicação de radiesse para a flacidez do abdômen e o uso de laser CO2 para as estrias.
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Tratamento para flacidez pós-parto com ultraformer
O ultraformer 3, que está sendo usado para tratar a barriga de Isabella Scherer depois da gestação dos gêmeos, é um dos procedimentos mais atuais e avançados disponíveis atualmente, quando se fala em tratamento para flacidez.
O aparelho funciona fazendo pequenos pontos internos de queimadura na pele, que causam uma coagulação do tecido. Estas queimaduras, por sua vez, levam a uma contração profunda na pele, deixando-a mais firme e retraída na região tratada.
De acordo com a dermatologista Cristine Carvalho, trata-se de uma tecnologia de ultrassom micro e macrofocado – ou seja, que serve para cuidar tanto de áreas pequenas como rosto e pescoço, quanto regiões maiores como abdômen e braços, através de ponteiras específicas para cada local.
“O ultraformer é um ultrassom que estimula o colágeno através de ondas que penetram na pele, podendo também melhorar a contração dos músculos e tratar a gordura localizada. Ele é muito completo, capaz de tratar desde a camada mais superficial até a mais profunda da pele.”, explica a médica.
“O ultrassom micro focado age de forma mais superficial, estimulando, assim, o colágeno. Já o macro alcança as camadas mais profundas, para tratar a gordura localizada e melhorar a função muscular”, completa.
Procedimentos associados
Segundo Cristine, unir outros procedimentos ao ultrassom ajuda a otimizar o tratamento.
“O ultraformer é interessante porque podemos associar a outros tratamentos. Na medicina estética, é sempre importante pensar em associações assim. A gente tira o melhor de cada tratamento para ter um resultado global melhor”, ela afirma.
Segundo a profissional, a endermoterapia, o microagulhamento e a radiofrequência são algumas boas opções para usar juntamente com o ultrassom.
Há, ainda, os tratamentos injetáveis, como a intradermoterapia, o bioestimulador de colágeno e a radiesse – este último, inclusive, citado por Isabella no Instagram.
Vale ressaltar, contudo, que essa categoria de procedimentos só é indicada para mulheres que não estiverem mais amamentando.
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Quantas sessões são necessárias?
De acordo com Cristine, a quantidade de sessões varia de acordo com o quadro de cada paciente.
Nos casos em que há só a flacidez da pele, ela afirma que de duas a três vezes pode ser suficiente. Já quando também existe gordura localizado, é necessário subir para seis ou mais sessões.
Quanto aos resultados, a profissional afirma que, em média, é possível começar a notá-los noventa dias após a primeira sessão.
“É o tempo necessário para a pele estimular o colágeno. Assim, o resultado será de uma pele mais firme e um tônus melhor, além da redução da gordura localizada, caso haja”, aponta.
Quem pode fazer este tratamento para flacidez?
Por se tratar de pacientes que passaram recentemente por muitas mudanças e procedimentos médicos – incluindo cirurgia no caso da cesárea –, é importante respeitar um período de espera para iniciar os tratamentos contra flacidez.
“Se o parto tiver sido cesárea, nós esperamos a cicatrização total do procedimento cirúrgico e a liberação do obstetra. Isso costuma levar, em média, três meses”, explica Cristine.
Já no caso de partos normais, é possível começar os cuidados após um mês apenas com os procedimentos não injetáveis. Porém, ainda assim, a profissional costuma incentivar o início após noventa dias.
“É um período em que o corpo ainda está se acostumando, os hormônios estão em alteração, a mãe está em uma fase nova e difícil com seu bebê. Então, eu sempre oriento a esperar”, ela afirma.
Quanto aos tratamentos injetáveis, é necessário esperar que a paciente pare de amamentar. Isso porque alguns estudos já apontaram a possibilidade de certos produtos irem para o leite materno e, consequentemente, serem consumidos pelo bebê.
“Há estudos que apontam que o produto injetado pode se misturar ao leite, outros não. Então, o melhor é esperar para evitar o risco”, ressalta a médica.
Contraindicações e riscos
Além de mulheres lactantes, as contraindicações para o ultraformer são para pacientes que possuem algum metal ou prótese no corpo, além de gestantes e pessoas que estejam com infecções no local da aplicação.
Quanto aos riscos, Cristine aponta a possibilidade da perda de movimento e de sensibilidade na área tratada. Estes, por sua vez, podem levar a uma paralisia ou paralisia facial, principalmente na região de mandíbula, no caso da aplicação feita no rosto.
Isso, contudo, só acontecerá se o procedimento for feito da forma errada pelo profissional.
“Existem alguns locais do corpo em que é preciso tomar cuidado, por serem áreas com ossos, nervos e função muscular. A energia do ultrassom pode chegar até o osso. Portanto, existem as marcações corretas para o médico seguir”, ela afirma.
Sendo assim, é importante ressaltar a importância de buscar um médico que conheça e domine bem a técnica, para, assim, evitar possíveis riscos e complicações.
Fonte: Cristine Carvalho, médica dermatologista, de São Paulo.