Suplemento alimentar para adolescentes: quais são as recomendações?

Cada dia mais cedo, muitos jovens procuram trocar o corpo juvenil, por uma versão mais definida e musculosa, num curto espaço de tempo. Sabemos que na fase da adolescência o jovem geralmente está em busca de melhorar sua estética, por conta da insatisfação com sua aparência física. De acordo com a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), o uso de suplemento alimentar na infância ou adolescência não é recomendado de maneira indiscriminada. No entanto, pode ajudar em casos específicos. Por exemplo, quando exames indicam qual vitamina específica precisa de aporte. Entenda!

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Porque os adolescentes buscam suplementos alimentares?

De acordo com os dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para fins Especiais e Congêneres (ABIAD), a venda de suplementos vitamínicos no Brasil cresceu 12% no ano passado. Nesse sentido, deve chegar a um valor de R$3 milhões só neste ano.

Alguns adolescentes, à procura de um físico mais definido, pele mais viçosa, cabelos mais brilhantes e até unhas mais fortes, buscam por aporte suplementar para “suprir” esta falta. Porém, muitas vezes sem o devido acompanhamento de um especialista da área. Como resultado, pode acarretar em uma série de complicações para o organismo.

Riscos

Segundo artigo científico publicado pela Universidade de Granada, em janeiro deste ano, sobre ingestão ideal de proteínas em crianças e adolescentes saudáveis, nos países desenvolvidos as tendências de consumo de proteínas por crianças e adolescentes são geralmente duas a três vezes superiores às recomendadas. Além disso, na maioria das vezes, derivam de fontes animais.

Mas será que a adolescência é o momento ideal para fazer uso dos “famosos” suplementos alimentares? Uma alimentação saudável, balanceada não seria suficiente para suprir esta “falta” de suplementação?

Afinal, quais são as recomendações nessa faixa etária?

Na adolescência, os jovens passam por uma série de mudanças corporais. Desse modo, aumenta a necessidade de algumas vitaminas e minerais. Então, muitas vezes, alguns suplementos podem auxiliar, como ferro, vitamina D, Ômega 3 e multivitamínicos.

Hoje, estar com o corpo bem nutrido é sinal de estar com o corpo em equilíbrio, e se o organismo precisa deste aporte ele deve ser feito com consciência, no momento certo e com o produto correto para que o resultado seja satisfatório.

Mas antes de entrarmos na questão da suplementação específica para adolescentes, é importante frisar que o uso de qualquer produto para este fim não deve substituir a alimentação.

Existem diversos tipos de suplementos no mercado, alguns mais puros, à base de aminoácidos, sem conservantes, sem adoçantes, mais indicados para os adolescentes. Por isso, é preciso entender qual é a deficiência nutricional.

Suplemento alimentar: quais são os preferidos dos adolescentes?

A busca dos adolescentes em ganhar massa muscular hoje em dia é grande. Assim, a procura acaba sendo maior pelo whey protein e creatina, que são aminoácidos que ajudam na formação de proteína e consequentemente proporcionam o ganho de massa muscular.

O whey protein é proveniente da proteína do soro do leite, enquanto a creatinina é um aminoácido presente, sobretudo, nas proteínas animais, como carne, frango e peixe. É, ainda, obtida pela produção endógena no fígado, rins e pâncreas. Esses suplementos não possuem contra indicação, salvo se o adolescente tiver alguma deficiência renal.

Contudo é necessário ficar de olho na dosagem e na qualidade do produto, pois o excesso irá sobrecarregar o fígado e os rins.

Os benefícios da suplementação para adolescentes

O adolescente que não atinge sua quantidade de proteína diária pode se beneficiar da suplementação, desde que bem orientado por um profissional da área. Isso acontece muito nos casos de atletas adeptos ao veganismo ou vegetarianismo.

“Devemos lembrar que é preciso ver a quantidade de suplemento que será ingerido, ver se o adolescente se alimenta bem, se come a quantidade de proteína suficiente, para avaliar se há realmente necessidade deste aporte extra. Isso porque o organismo, se sobrecarregado, pode vir a acarretar sérios problemas para o fígado, rins, entre outros órgãos. Além disso, o consumo deve ser dosado com a alimentação, bem como acompanhamento e orientação profissional”, conclui Cynthia Howlett, coordenadora de projetos de educação nutricional e sustentabilidade na empresa Sanutrin.