Sono de bebês até três anos: quantas horas eles precisam dormir?
O sono é essencial para todos os seres humanos – e isso vale também para as crianças desde o seu nascimento. Afinal, além de servir para o descanso e a fixação do aprendizado, é também durante a noite que o corpo libera os hormônios do crescimento em maior quantidade. Mas como deve ser o sono de bebês até três anos? Quantas horas eles precisam dormir?
Esse número, na realidade, varia de acordo com dois fatores principais: a idade e a evolução do crescimento. Também é importante ressaltar que, até os seis meses de idade, os pequenos passam a maior parte dos seus dias dormindo. No entanto, isso não acontece durante muitas horas seguidas, já que necessitam acordar para mamar.
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Quantas horas os bebês dormem até os três anos?
A pediatra Gabriella Guelber Miranda Carvalhais Barros Vieira, membro da plataforma Doctoralia, diz que existe um parâmetro que indica a quantidade média de horas de sono por dia que um bebê precisa até os três anos de idade. Confira:
- Recém-nascido (até o 28º dia de vida): de 16 a 20 horas.
- 1 mês: de 16 a 18 horas.
- 2 meses: de 15 a 16 horas.
- 4 a 12 meses: de 12 a 16 horas.
- 1 a 2 anos: de 11 a 14 horas.
- 3 a 5 anos: de 10 a 13 horas.
Apesar de ser um bom indicativo, essa tabela – que inclui não apenas o sono noturno, mas também as sonecas feitas ao longo do dia – não precisa ser seguida à risca. Afinal, alguns bebês podem dormir um pouco mais ou menos do que essa orientação.
“Por exemplo, o ideal é que um bebê de 4 a 11 meses durma de 12 a 16 horas por dia, mas não tem problema se o sono for um pouco menos ou até mais, pois existem indivíduos com mais necessidade que outros. Além disso, genética e ambiente influenciam neste momento tão importante”, pondera a médica.
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Dormir pouco prejudica o sono dos bebês?
Se você é mãe ou pai, especialmente de primeira viagem, talvez se pergunte por que é tão relevante cuidar da quantidade e da qualidade do sono do bebê. A resposta está no fato de que ele precisa desse período para se desenvolver e garantir saúde e bem-estar físico, mental e emocional.
“Cansaço diário, alteração no aprendizado, alteração na memória, distúrbio de atenção, irritabilidade, assim como alterações hormonais, como do crescimento, podem ser alguns dos prejuízos causados pela falta de sono”, explica Gabriella.
No dia a dia, esse aspecto é justamente um dos maiores desafios dos pais. Muitos não conseguem, por exemplo, manter consistência e regularidade na rotina. Entretanto, é isso que promove a segurança e a confiança que a criança demanda e, com isso, sua progressiva independência na hora de dormir.
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“Falta de rotina, não ter hora de dormir, permitir telas em horários impróprios e por tempos prolongados, deixar as crianças ficarem acordadas até tarde, não fornecer ambiente apropriado são algumas das práticas que atrapalham o bom sono da criança”, lista Gabriella.
Segundo ela, o sono é definido com base na observação comportamental individual e também nas atividades neurológica e fisiológica. Por isso, os pais devem sempre levar seus filhos no acompanhamento pediátrico (chamado de puericultura). Dessa forma, o médico pode avaliar como está caminhando a evolução da criança e se a rotina de sono está coerente ou precisa de ajustes.
“Caso os pais notem irritabilidade excessiva, prejuízo psicológico, depressão, ansiedade, estresse, dificuldade para dormir, alteração do aprendizado, alteração da concentração, muito sono durante o dia, o profissional deve ser procurado imediatamente para o quadro não se agravar”, alerta.
Dicas para ajudar no sono dos bebês
Preparar um ambiente adequado, seguro e propício a uma boa noite de sono é a primeira dica de Gabriella para que os pais possam ajustar e conquistar uma boa rotina de sono para seus bebês. E isso vai além de pensar nos móveis do quarto, uma vez que se deve proporcionar um local mais escuro ou com iluminação bem suave. Já durante o dia é importante abrir as janelas, o que vai ajudar o bebê a diferenciar o dia e a noite.
É importante desacelerar quando vai chegando a hora de dormir, ou seja, diminuir as brincadeiras e evitar telas (como televisão e celular). Pode ainda deixar sons ou músicas relaxantes tocando bem baixinho no cômodo. Há, inclusive, aplicativos que reproduzem o chamado “ruído branco” (som constante que mascara barulhos externos, acalma o cérebro e auxilia na regulação do sono).
“O ambiente psicológico e emocional da família também pode interferir diretamente no sono da criança. Por isso, criar uma rotina agradável e se ater a ela é o primeiro passo para obter mais sucesso na hora de colocar os filhos na cama. Se, todos os dias, os pais derem o banho, escovarem os dentes, colocarem o pijama, diminuírem as luzes da casa e contarem uma história, por exemplo, sempre na mesma hora, a criança começa a associar todo esse ritual com a hora de dormir”, detalha a médica, que finaliza dizendo que manter essa rotina pode atuar tanto na prevenção como no tratamento de distúrbios do sono na infância.
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Fonte: Gabriella Guelber Miranda Carvalhais Barros Vieira, pediatra e membro da plataforma Doctoralia.