Setembro Amarelo: 5 atitudes para ajudar alguém em sofrimento

Bem-estar Equilíbrio
17 de Setembro, 2024
Setembro Amarelo: 5 atitudes para ajudar alguém em sofrimento

O Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção ao sofrimento mental, convoca a sociedade a refletir sobre a importância dos cuidados com a saúde mental.

As chamadas doenças do século, depressão e ansiedade, são uma grave questão de saúde pública, afetando milhões de pessoas ao redor do mundo. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 15,5% da população brasileira enfrentará depressão em algum momento da vida.

Além disso, de acordo com o psicólogo Filipe Colombini: “Quando temos uma pessoa em sofrimento, é preciso que os familiares e pessoas próximas pratiquem um acolhimento humanizado, com escuta ativa, o que é fundamental para identificar alterações ou mudanças dos comportamentos”.

O que nos leva ao sofrimento?

Segundo Colombini, os fatores que podem levar ao sofrimento emocional são muitos e costumam variar de pessoa para pessoa. Por exemplo, entre essas condições, estão sofrer de algum transtorno mental, abuso de álcool ou drogas, ter uma doença grave ou limitativa, ter sofrido uma perda recente e, ainda, ter dificuldade para socialização.

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“O grande objetivo da prevenção contra a depressão é conscientizar as pessoas que convivem com quem possa estar em sofrimento emocional”, afirma Colombini. “Assim, essa rede de apoio, além de ficar atenta aos sinais de alerta, vai também saber direcionar a pessoa a procurar ajuda profissional”, conclui.

Sinais de sofrimento

O especialista conta que mudanças bruscas de hábitos e de rotina, isolamento social, irritabilidade, pessimismo, apatia, dificuldade em sentir prazer na vida, sentimentos de culpa e padrões alimentares e de sono desregulados são alguns dos indícios mais comuns em pacientes que enfrentam intenso sofrimento.

Além disso, Colombini alerta, ainda, que o sofrimento mental costuma ser um problema silencioso porque é comum que a pessoa se isole cada vez mais, dificultando a identificação da gravidade da situação.

“Justamente por ser um tabu na sociedade, pessoas em profundo sofrimento costumam sentir vergonha da sua própria situação e passam a se sentir ainda mais sozinhas”, afirma Colombini.

“Por isso, é de extrema importância a mídia e a população em geral discutirem abertamente o tema. Com isso, haverá uma maior conscientização sobre os sinais de alerta, além da diminuição do preconceito sobre falar e tratar do assunto”, conclui o especialista.

5 atitudes para ajudar quem está em sofrimento

O psicólogo indica cinco orientações para ajudar quem está enfrentando dificuldades emocionais:

1. Seja um ponto de apoio

Às vezes, a simples presença é o maior suporte que alguém pode oferecer. “Estar acessível, seja para conversar ou compartilhar momentos de silêncio, demonstrar cuidado e ajudar a pessoa a se sentir menos sozinha e mais acolhida”, diz o psicólogo.

2. Use palavras de empatia e compreensão

Expressões como “isso vai passar” ou “tente se animar” podem ter o efeito oposto ao desejado, deixando a pessoa mais isolada. “O mais importante é ser um ouvinte atento, sem julgamentos ou julgamentos, respeitando o sofrimento do outro”, explica o especialista.

Além disso, vale lembrar que cada sofrimento é individual e deve ser respeitado. “Minimizar o problema ou fazer comparações só dificulta ainda mais a possibilidade de oferecer apoio”, completa.

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3. Respeite o tempo e espaço da pessoa

Forçar alguém a participar de atividades ou se distrair pode aumentar o desconforto. “Às vezes, o melhor é estar junto em um ambiente seguro, respeitando o espaço e o tempo de quem está em sofrimento”, sugere Colombini.

4. Ofereça ajuda prática

Além do apoio emocional, oferecer ajuda com questões práticas pode ser muito útil para quem está em sofrimento. “Isso inclui ajudar com tarefas diárias que podem ser desafiadoras, como cuidar da casa ou acompanhar em compromissos importantes”, ressalta o especialista.

5. Incentive a busca por ajuda profissional

Por fim, incentive a pessoa a procurar terapia e dê suporte para tornar o processo mais fácil. “A família e os amigos são extremamente importantes, mas não substituem a ajuda do psicólogo e psiquiatra”, destaca Colombini.

Fonte: Filipe Colombini é psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico.

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