Falta de vitamina D: Conheça os 4 sinais que o corpo dá
Não tomar sol em um país tropical – e que faz tempo firme em boa parte do ano –, como o Brasil, pode parecer um tanto quanto contraditório. Mas a verdade é que a maioria das pessoas não recebem a quantidade adequada de sol, ou não o fazem da maneira correta. O resultado acaba esbarrando na saúde, já que a falta de exposição solar também diminui a produção de vitamina D, causando sintomas característicos e que afetam o bem-estar. Saiba mais a seguir!
Deficiência de vitamina D
Embora seja conhecida como vitamina D, esse nutriente lipossolúvel na verdade, é um hormônio que desempenha um papel essencial na absorção de cálcio e fósforo, na saúde óssea e no funcionamento adequado do sistema imunológico. Existem três formas de repor a vitamina D, são elas: exposição solar, alimentação e suplementação.
O médico atuante em nutrologia da Nutrindo Ideais Thomáz Baêsso, esclarece que, em níveis adequados, a vitamina D em adultos reduz a chance de fraturas ósseas, já em bebês pode evitar raquitismo. Além disso, em mulheres, o nutriente reduz a chance de osteoporose.
A deficiência é mais comum em pessoas que tem baixa exposição solar, idosos, pessoas com obesidade, com doenças crônicas ou que já passaram por cirurgia bariátrica. A seguir, entenda os principais sinais da deficiência do nutriente:
Conheça os 4 sinais de falta de vitamina D
1 – Você fica doente com frequência
Um dos efeitos da falta de vitamina D é o enfraquecimento do sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções de vírus e bactérias. Há alguns anos, a vitamina D tem sido estudada pelo seu papel no fortalecimento do sistema imunológico e pode até mesmo auxiliar no tratamento de doenças.
2 – Sinais de falta de vitamina D: Você sente muito sono durante o dia
A falta de vitamina D pode prejudicar a qualidade e duração do sono, afetando, inclusive, a produção de hormônios – como a melatonina. Nesse caso, é comum que as pessoas com deficiência de vitamina D se sintam constantemente cansadas e fatigadas. A explicação é que tomar sol durante o dia, ajuda a produzir melatonina durante a noite. Portanto, se tivermos uma exposição adequada à luz solar, teremos noites de sono melhores.
3 – Você pode ter mudança de humor repentino
Quem tem deficiência de vitamina D também pode sofrer com irritabilidade e depressão, já que o nutriente é responsável por ajudar a regular substâncias como serotonina, um neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar.
Embora a relação entre o hormônio e a depressão ainda estejam sendo estudadas, já se sabe que a vitamina D está envolvida em alguns dos sistemas cerebrais que estão vinculados à depressão. Não por acaso, quando se identifica a deficiência, a vitamina é utilizada como parte do tratamento de depressão.
4 – Sinais de falta de vitamina D: Sente dores musculares e ósseas
Além de provocar o próprio enfraquecimento ósseo, já que a absorção de cálcio no corpo é prejudicada, a falta de vitamina D também pode provocar dor, principalmente na região lombar. Assim, a fraqueza óssea também pode atingir a coluna vertebral, a pelve e as pernas, causando espasmos.
Outra consequência grave é a osteomalacia, doença que consiste no enfraquecimento e desmineralização de ossos maduros, prejudicando principalmente adultos de meia-idade. O diagnóstico precoce de osteoporose é outra possibilidade de efeito colateral.
Além desses sintomas, a deficiência de vitamina D também pode resultar em queda de cabelo e unhas ou até mesmo dores de cabeça.
Veja também: Por quanto tempo devo tomar vitamina C?
Como evitar a deficiência de vitamina D?
A exposição solar é o principal caminho para evitar a deficiência do nutriente. Porém, alguns cuidados são necessários. Veja a seguir:
- Exponha pernas, braços ou rosto à luz solar direta por 15 minutos ao menos três vezes por semana.
- Especificamente essa exposição solar deve ser feita sem protetor solar;
- Priorize uma alimentação balanceada já que a vitamina D também pode ser obtida através de alimentos. Alguns deles são: gema de ovo, castanha de caju, nozes, queijo, leite, frango e outras fontes de origem animal.
- Por fim, a suplementação também é uma opção que dependerá da orientação e acompanhamento médico. Geralmente, o grau da deficiência é identificada através de exames de sangue e, a partir deles, o médico pode indicar a suplementação, que dependerá das necessidades individuais.
“É importante enfatizar que a exposição solar diária de pelo menos 15 minutos, sem uso de protetor solar, pode permitir a manutenção de bons níveis de vitamina D. Vale ressaltar ainda que as pessoas não devem se automedicar. Mas sim buscar atendimento médico para definir a necessidade de suplementação e a dose recomendada de vitamina D”, finaliza o médico Odair Albano.
Fonte:
- Odair Albano, ginecologista obstetra e consultor em saúde.
- Dr. Thomáz Baêsso, médico atuante em nutrologia, afiliado do Instituto Nutrindo Ideais em São Paulo, com vasta experiência em emagrecimento, hipertrofia e saúde sexual.