Sepse: sintomas, causas, diagnóstico e tratamento

Saúde
25 de Julho, 2023
Sepse: sintomas, causas, diagnóstico e tratamento

A sepse, ou infecção generalizada, é uma complicação grave causada por bactérias que tende a se espalhar pelo corpo, atingindo a corrente sanguínea e comprometendo o funcionamento de outros órgãos. Sem uma intervenção médica rápida, o quadro pode colocar a vida do paciente em risco com a falência múltipla de órgãos.

Estima-se que a condição leve cerca de 11 milhões de pessoas à óbito a cada ano, muitas delas crianças e idosos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde — OMS. Só no Brasil, 240 mil mortes acontecem todos os anos em decorrência de infecções generalizadas. Saiba mais a seguir! 

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O que é sepse (ou septicemia)?

A sepse ocorre quando há uma resposta inadequada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Essa resposta inadequada pode levar ao mau funcionamento de um ou mais órgãos, com risco de morte quando não descoberta e tratada.

A sepse é a principal causadora de mortes dentro das unidades de tratamento intensivo (UTIs). Atualmente, é também uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. A mortalidade no Brasil chega a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30 a 40%.

As principais causas da condição

A sepse pode ser bacteriana, fúngica, viral, parasitária ou por protozoários, muitas vezes adquiridos em hospitais. Trata-se de uma infecção que pode acarretar uma resposta inflamatória, inicialmente, no próprio órgão onde ela se originou e se estender e afetar outros órgãos também, ou seja, causando uma inflamação em diferentes partes do corpo.

Geralmente, a resposta do corpo à uma infecção limita-se à área específica infectada. Por exemplo, os sintomas de uma infecção do trato urinário ficam frequentemente limitados à bexiga. Mas, na sepse, a resposta à infecção ocorre por todo o corpo e pode comprometer o funcionamento de vários órgãos do paciente. Esse quadro é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos.

Acomete, sobretudo, pessoas de qualquer idade, sendo mais comum em recém-nascidos e pacientes idosos, além de pessoas imunossuprimidas.

Quais tipos de infecção podem evoluir para sepse?

Qualquer tipo de infecção, leve ou grave, pode evoluir para sepse. As mais comuns são a pneumonia, infecções na barriga e infecções urinárias. Por isso, quanto menor o tempo com infecção, menor a chance de surgimento da sepse. Para tal, o tratamento rápido das infecções é uma estratégia que deve ser adotada.

Sintomas

  • Febre alta;
  • Aceleração do coração;
  • Respiração rápida;
  • Fraqueza;
  • Diminuição da urina;
  • Sonolência;
  • Confusão.

O choque séptico também é uma reação da sepse. Ocorre, então, quando há uma queda da pressão arterial. Como resultado, os órgãos internos, como os pulmões, os rins, o coração e o cérebro, geralmente recebem muito pouco sangue, causando seu mau funcionamento. O choque séptico é diagnosticado quando a pressão arterial permanece baixa apesar de tratamento intensivo com líquidos por veia e representa uma ameaça à vida.

Diagnóstico da sepse

O diagnóstico da sepse é feito com base na identificação do foco infeccioso e na presença de sinais de mau funcionamento de órgãos. Ou seja, não há exames específicos para diagnosticá-la, mas sim aqueles voltados para a identificação da presença de infecção, como hemograma, radiografia de tórax e exames de urina. São também importantes os exames para identificar a presença de mau funcionamento dos órgãos, principalmente um exame chamado lactato, que mostra se a oferta de oxigênio aos tecidos está adequada.

Como é feito o tratamento?

A princípio, o tratamento da sepse é a administração de antibióticos pela veia o mais rápido possível e hidratação, já que os pacientes geralmente chegam desidratados ao hospital. É importante também regular a pressão arterial. Alguns pacientes com insuficiência respiratória podem precisar de ventilação, enquanto aqueles que desenvolvem insuficiência renal podem precisar fazer diálise. Podem ser necessários, ainda, outros tratamentos dependendo da gravidade do paciente, como por exemplo, oxigênio, soro e outros medicamentos. 

Sem tratamento, a maioria das pessoas com choque séptico morre. Mesmo com tratamento, há um risco significativo de morte. No entanto, o risco de morte varia consideravelmente, dependendo de muitos fatores, incluindo a rapidez com que as pessoas são tratadas, o tipo de bactérias envolvidas (principalmente se as bactérias forem resistentes a antibióticos) e o estado de saúde da pessoa.

Referências:

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