Sabrina Petraglia revela tumor no ovário após exames. Veja os sintomas

Saúde
01 de Dezembro, 2022
Sabrina Petraglia revela tumor no ovário após exames. Veja os sintomas

Sabrina Petraglia, que interpretou Shirlei na novela Haja Coração da rede Globo, contou que descobriu um tumor no ovário. Em uma publicação no Instagram, a atriz tranquilizou os seguidores e revelou que o tumor era benigno e o retirou por meio de cirurgia. Além disso, o procedimento auxiliou a corrigir uma diástase abdominal, a cicatriz da cesárea e “arrumou uma torção na trompa”.

“Tinha uma sensação ruim constante, perdi meu centro de força abdominal e sentia meus órgãos todos soltos depois de 3 gestações seguidas”, escreveu Sabrina, que continuou: “é importante lembrar que o câncer de ovário silencioso. Às vezes a gente não tem sintoma algum e por isso merece atenção. Então, façam exames regulares, preventivos e compartilhem sempre que puderem suas dores, incômodos com médicos, amigos e familiares. Descobri o meu tumor recentemente depois de fazer os exames de rotina pós-parto”, finalizou.

Veja também: Afinal, como usar antibióticos de forma correta?

Quais são os tipos de tumor no ovário?

Os tumores podem ser malignos ou benignos, como o de Sabrina Petraglia. No primeiro caso, o mais comum é o carcinoma epitelial, que se desenvolve a partir das células do tecido do ovário, o epitélio. Por sua vez, os benignos podem ser:

  • Teratoma: costumam ser congênitos. Ou seja, nascem com a mulher e são formados por cabelos, unhas, glândulas, nervos e até dentes. Embora sejam inofensivos, podem crescer e atrapalhar a ovulação, além de causar dores e alterações hormonais, se possuírem glândulas.
  • Mioma: são de composição sólida e demoram para crescer, mas podem chegar a 7 cm ou mais. Normalmente se manifestam em apenas um dos ovários.
  • Cistadenoma: possuem líquido no interior e se instalam na superfície do ovário.

Eles são silenciosos, como afirmou Sabrina Petraglia?

A atriz está correta ao alegar que a maioria dos tumores, malignos ou não, são assintomáticos. De acordo com a FEMAMA, pelo menos 75% das pacientes só descobrem a condição em estágios avançados em ambos os casos.

Contudo, a mulher pode apresentar sintomas inespecíficos, como dor durante as relações sexuais, sensação de peso na pelve, alteração no ciclo menstrual. Além disso, pode haver dor intensa se o tumor for grande e se torcer, quadro chamado torção anexial. Nessa situação, é importante buscar atendimento médico imediato, pois o tumor pode se romper e causar hemorragia.

Diagnóstico 

O alerta de Sabrina Petraglia para as mulheres darem atenção aos exames de rotina é importantíssimo. Afinal, o diagnóstico precoce melhora as chances de sucesso do tratamento, caso o tumor seja maligno. Os exames de imagem, como o ultrassom, conseguem identificar a presença de corpos estranhos no sistema reprodutor.

Se houver suspeita de malignidade, o ginecologista pode pedir outros testes, como o exame marcador CA-125, que requer apenas uma amostra de sangue. Se os níveis estiveram acima dos parâmetros, é sinal de que o tumor é maligno.

Portanto, vale o reforço: priorize as consultas semestrais ou conforme orientação de seu médico.

Todo tumor precisa ser removido, como o de Sabrina Petraglia?

Se o tumor for benigno e pequeno, com até 5 cm de diâmetro, a recomendação é apenas monitorá-lo. Todavia, se exceder o tamanho de 5 cm, pode exigir a remoção cirúrgica para prevenir torções e outros inconvenientes.

Já os tumores malignos precisam ser retirados e a mulher necessita de quimioterapia. Além do tratamento convencional, a medicina avançou e o médico pode sugerir medicamentos inibidores de PARP, que atuam como uma quimioterapia oral. Segundo a FEMAMA, esse tipo de terapia mostrou resultados positivos em pacientes com câncer avançado ou metastáticos.

Quais são as causas?

Não há como identificar o motivo responsável pelo tumor, seja ele maligno ou benigno. Mas a medicina relaciona alguns fatores de risco que podem favorecer o diagnóstico. Por exemplo:

  • Predisposição genética.
  • Sedentarismo e obesidade.
  • Idade (mais comum em mulheres de 50 anos, sobretudo os malignos).
  • Exposição hormonal de longo prazo. Ou seja, muitas ovulações ao longo da vida (menstruação precoce e menopausa tardia).
  • Nunca ter tido filhos.

Referências: FEMAMA; INCA; e Oncoguia.

 

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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