Roupinhas de bebê para o verão: como escolher o tecido

Gravidez e maternidade Saúde
01 de Dezembro, 2022
Roupinhas de bebê para o verão: como escolher o tecido

Mães e pais de primeira viagem costumam ter muitas dúvidas – afinal, um bebê tem necessidades e características específicas. E uma dessas questões certamente é: como vestir o pequeno no calor, garantindo frescor nos dias quentes? Confira dicas de como escolher roupinhas de bebê para o verão e quais tecidos são mais indicados.

ABC da pele do bebê

A pele do bebê é mais fina e sensível que a de um adulto. Pois, ela ainda está em desenvolvimento – ela só estará completamente formada quando a criança tiver 3 ou 4 anos de idade. “O que acontece é que as células da camada mais externa da pele do neném são mais ‘espaçadas’ nesta fase, criando uma barreira mais frágil e permeável que a da pele de crianças mais velhas e adultos”, explica a médica Brianna Nicolletti, alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP). “Consequentemente, é maior a chance de sofrer a invasão de agentes externos, como bactérias, fungos e vírus, que causam infecções e alergias tanto a ácaros, fungos (alergia atópica), como alergias de contato”, completa. 

Por este motivo, é importante escolher tecidos adequados. Assim, roupas de algodão, de cores claras e larguinhas, por exemplo, são excelentes opções. “Roupinhas fabricadas com tecidos de fibras naturais – como algodão, linho, lã e seda – são as mais indicadas para o enxoval do recém-nascido. Pois, permitem que a pele respire com mais facilidade”, explica a médica. 

Mas, de acordo com a doutora, os tecidos sintéticos, como poliéster, lycra e poliamida, não absorvem a umidade natural do corpo. “Eles fazem com que a pele retenha mais calor, o que pode provocar alergias, irritações e oscilações de temperaturas no bebê”, diz. 

Conhecendo o algodão pima

Entre os tecidos indicados, destaca-se o algodão pima peruano. “O algodão pima é um algodão da espécie Gossypium Barbadense cuja principal característica é ter a fibra extra longa, o que o torna muito mais macio e resistente do que o algodão comum”, explica Luciana Andrade, fundadora da Passalinho.

O tecido produzido a partir da fibra de algodão pima tem altíssima qualidade, apresentando um toque muito suave, fresco e resistente, além de ser naturalmente hipoalergênico. Ou seja, é a matéria-prima ideal para a confecção de roupinhas de bebê para o verão. “O algodão pima é mais macio, suave e resistente do que o algodão convencional”, completa Luciana Andrade. 

“Por ser uma fibra natural pura, o algodão pima é o que chamamos de ‘tecido respirável’. Assim, ele permite que a sua pele respire, seja no calor ou no frio”, explica Lory Buffara, CEO e Consultora de Enxoval da Mommys Concierge. “Se seu bebê suar, há absorção, e no frio, não é uma roupa fria. Este equilíbrio térmico oferecido pela matéria-prima é o que o torna indicado para a pele do bebê”. 

Veja também: Como cuidar da pele do recém-nascido

Quais cuidados que as mães devem tomar com a pele do bebê nos dias de calor?

A médica Brianna Nicolletti esclarece que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) não recomenda o uso de protetor solar e a exposição direta ao sol antes dos seis meses de idade. Mas, essas crianças devem ficar à sombra, com roupas leves. “Contudo, caso seja necessário sair ao ar livre, vale recorrer a protetores mecânicos, como sombrinha, guarda-sol, boné e roupas”,  aponta. 

Já nas crianças de seis meses a dois anos, indica-se usar produtos apropriados à pele infantil e com alto fator de proteção. Como filtros inorgânicos (físicos), pela menor capacidade de provocar alergias, alta resistência à água e proteção imediata. “A partir dos dois anos, o ideal é utilizar filtros químicos infantis, os protetores solares. Quanto mais elevado o índice UV, maior a proteção”, conta a especialista. 

Por fim, a doutora frisa que também vale observar a superfície do local de exposição. “A grama, a areia úmida e o asfalto refletem entre 1% a 5% dos raios UV, enquanto superfícies como a neve fresca podem refletir mais de 90%. Sendo assim, lembre-se de manter a hidratação do corpo, com consumo frequente de água, e da pele, com o uso de loções e cremes apropriados para a idade da criança após a exposição solar”, conclui. 

Fontes: Brianna Nicolletti, médica alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP)

Luciana Andrade, fundadora da Passalinho, marca especializada em roupas de bebê e crianças

Lory Buffara, CEO e Consultora de Enxoval da Mommys Concierge

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