Rotavírus mata mais de 200 mil crianças por ano; veja cuidados

Saúde
04 de Janeiro, 2023
Rotavírus mata mais de 200 mil crianças por ano; veja cuidados

O rotavírus costuma causar diarreias, sobretudo em crianças, que são mais vulneráveis à infecção. Embora seja comum, é igualmente perigoso. De acordo com uma pesquisa que envolveu a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e publicada no BMJ Global Health, o rotavírus mata crianças menores de 5 anos, sobretudo em países de renda média e baixa.

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Rotavírus mata, mas é prevenível

Os pesquisadores analisaram dados de 28 países de todo o mundo e, como resultado, estimaram que o rotavírus mata mais de 200 mil crianças. O período de avaliação ocorreu entre 2017 e 2019. O Brasil não está no mapa de risco, apesar do aumento do número de infecções pela doença.

Outros micro-organismos também integraram a pesquisa. Por exemplo, os adenovírus, norovírus e a bactéria Shigella, são responsáveis por 136 mil mortes ao todo.

Apesar da gravidade, é possível prevenir o rotavírus. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacina para bebês entre 2 e 4 meses de vida.

Ao contrário dos demais, o imunizante contra o rotavírus é aplicado por meio de gotinhas e é essencial para evitar a doença, que é potencialmente mortal em crianças.

Como tomar a vacina e prevenção

O imunizante possui dois tipos: o monovalente (vacina oral rotavírus humano G1P1) e o pentavalente (vacina oral rotavírus humano G1, G2, G3, G9 e G12). O primeiro está disponível gratuitamente pelo SUS e protege contra um tipo de vírus do rotavírus, que é o mais frequente entre as crianças.

Por outro lado, o pentavalente contém cinco tipos diferentes de rotavírus. Ou seja, protege contra cinco variações da virose e está disponível apenas em redes privadas.

Normalmente, a vacina monovalente possui duas doses e a pentavalente, três, sendo que ambas podem ser aplicadas a partir da sexta semana (dois meses).

Veja as recomendações para seguir o cronograma de imunização corretamente:

  • Primeira dose: pode ser tomada a partir da 6ª semana de vida até os 3 meses e 15 dias de idade.
  • Segunda dose: no mínimo com 30 dias de intervalo da primeira e é ideal tomá-la até os 7 meses e 29 dias de idade. Dessa forma, ao seguir o calendário, o bebê deverá receber a segunda dose aos quatro meses de idade.
  • Terceira dose: faz sentido apenas para a vacina rotavírus pentavalente, que requer aplicação aos 6 meses de idade.

Em conjunto com a vacinação completa, os cuidados com a higiene pessoal e dos alimentos é fundamental para minimizar os riscos de contaminação. Por exemplo:

  • Descarte corretamente as fraldas sujas: evite deixá-las expostas na lixeira. Por isso, armazene-as em uma sacola específica e bem fechada.
  • Lave e ferva as mamadeiras e chupetas antes de oferecê-las à criança.
  • Evite a ingestão de água não potável e verifique se as superfícies da cozinha estão limpas.
  • Por fim, priorize o aleitamento materno, principalmente nos primeiros seis meses de vida. Afinal, a amamentação aumenta a resistência do bebê contra doenças.

Sintomas e tratamento

A desidratação é intensa e de difícil controle. Caso a infecção seja grave, o organismo da criança rejeita a ingestão de líquidos e alimentos, e os sintomas podem durar entre 8 e 10 dias.

Então, ao sinal de qualquer suspeita, é necessário consultar o pediatra ou ir a uma unidade de atendimento hospitalar para receber o tratamento.

Como providência, o médico poderá indicar o soro de reidratação oral, água, chás, sucos, água de coco em colher ou copo, além de fracionar a alimentação do bebê em porções menores. Já para as crianças em período de amamentação, é essencial fazer esse procedimento mais vezes na fase da diarreia.

 

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