Remédios e chás para emagrecer proibidos pela Anvisa: veja lista

Saúde
30 de Março, 2022
Remédios e chás para emagrecer proibidos pela Anvisa: veja lista

Emagrecer rápido e sem esforço pode parecer uma opção atraente. No entanto, o que não faltam são riscos para a saúde. No começo do ano, por exemplo, uma mulher morreu após ter falência do fígado. O motivo? Um produto conhecido por muita gente e de fácil acesso: o chá 50 ervas, espécie de chá emagrecedor. Aliás, não é de hoje que remédios e chás “milagrosos” são vendidos sem restrições.

Após novos relatos de mulheres que tiverem prejuízos para a saúde com tais substâncias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma lista com 140 medicamentos naturais para perda de peso que são proibidos para venda no Brasil. Você pode acessar o site da Anvisa para checar a lista e saber se um produto faz parte ou não dessa restrição. Confira agora alguns deles.

Leia mais: Chá 50 ervas: Emagrecedor aparentemente inofensivo pode causar falência do fígado

Chás e remédios naturais para perda de peso

Cavalinha

Em grandes quantidades, pode levar à cirrose hepática, ou seja, falência na região do fígado, além disso, deve ser evitada em condições em que a ingestão reduzida de líquidos é recomendada, como por exemplo, doenças cardíacas ou renais graves. E, devido à falta de dados, seu uso não é recomendado durante a gravidez e lactação. Um problema bastante recorrente é que os medicamentos disponíveis para venda nem sempre indicam a quantidade de cavalinha presente no produto.

Sene

Seu uso prolongado ou uma superdosagem podem resultar em diarreia, perda extrema de eletrólitos, especialmente de potássio, além de comprometimento da função intestinal por danos nos nervos. Por ter uma ação laxante muito forte, também pode causar desidratação do corpo.

Dente-de-leão

Pode causar uma estimulação na secreção biliar, por isso, não é recomendada em caso de pessoas que já possuem uma obstrução do ducto biliar, ou doenças como colangite, problemas hepáticos, cálculos biliares, entre outros.

Centella asiática

Pode ser considerada uma planta abortiva e modificadora do ciclo menstrual em algumas mulheres, e portanto, deve ser evitada principalmente por gestantes e lactantes.

Valeriana 

Conhecida como a erva-do-gato, pode causar reações variadas. Algumas pessoas ficam sedadas mesmo com uma dose baixa. Em outras, a erva valeriana pode provocar um efeito estimulante. A superdosagem pode ter efeitos colaterais tais como náuseas, tonturas, vômitos, fadiga e indisposição gastrointestinal.

Outras remédios e chás proibidos

A lista da Anvisa também inclui outras plantas medicinais que podem trazer riscos à saúde, como chapéu-de-couro, douradinha, salsaparrilha, carobinha e pau-ferro, por exemplo. Confira a lista completa aqui.

Riscos de remédios e chás à saúde

O uso indiscriminado de chás e ervas aumentam as chances de problemas hepáticos graves, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia.

Em relação à insuficiência hepática aguda, 26% dos casos no país são provocados por DILI, conhecida como Drug Induced Liver Injury, que são decorrentes do uso excessivo de medicamentos ou suplementos. Já 34% dos pacientes desenvolvem problemas por HILI, ou Herbal Induced Liver Injury, que são decorrentes do consumo de ervas de forma exacerbada ou sem prescrição médica.

Dessa forma, mesmo conhecidos como “naturais”, esses produtos oferecem riscos aos fígado quando usadas em altas dosagens. Há toxicidade documentada ainda para ingredientes como melissa, espirulina e garcínea, por exemplo, que também são encontrados em diversos dos remédios banidos.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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