Reducetarianismo: Dieta para quem quer consumir menos carne
Com tantos alertas para o consumo responsável para diminuir os impactos ambientais, surge o reducetarianismo, um conceito recente que foi desenvolvido nos Estados Unidos.
O nome complexo é um convite para modificar alguns hábitos alimentares com o objetivo de causar menos danos ao planeta.
O objetivo principal é restringir parcialmente o consumo de carne por diversos fatores: desmatamento desenfreado para a pecuária, sofrimento dos animais, emissão de gases e outros poluentes.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, a indústria da carne, sozinha, emite aproximadamente 15% de gases relacionados ao efeito estufa, como o metano, liberado em quantidades absurdas nos excrementos de gado.
Nem vegetariano nem vegano
Essa é a principal definição do reducetarianismo, um movimento estadunidense que busca a redução gradual do consumo de carne e outros alimentos de origem animal.
Segundo a Reducetarian Foundation, organização americana sem fins lucrativos que, o foco não é proibir esses alimentos na dieta, mas trazer menos carne vermelha, branca e frutos do mar à mesa, além de laticínios e ovos.
Todos os alimentos são permitidos para os reducetarianos, mas a principal missão é fazer com que as pessoas reflitam e repensem as escolhas feitas na alimentação e no estilo de vida.
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Benefícios do reducetarianismo
Não é só pelo meio ambiente e pela consciência. A saúde também se beneficia com menos carnes e alimentos de origem animal no cardápio. A principal é a melhoria na digestão, pois ingredientes animais levam mais tempo para serem digeridos.
Outro benefício é menor probabilidade de desenvolver intoxicações e quadros inflamatórios – a maioria das carnes contêm antibióticos, hormônios e outras substâncias que aceleram o crescimento dos animais e acabam sendo absorvidas pelo organismo humano.
A ciência também traz evidências de que a carne vermelha em excesso pode ser responsável por acelerar o envelhecimento e até causar doenças degenerativas. Sem falar nos perigos de facilitar o quadro de doenças cardiovasculares quando consumida com a capa de gordura, benquista por muitos apreciadores de carne.
De forma geral, o reducetarianismo tem como maior vantagem a possibilidade de fazer as pessoas experimentarem uma transição sem privações, principalmente para quem afirma que é difícil ser vegetariano ou vegano.
Dicas e cuidados com o reducetarianismo
- Se você busca se tornar reducetariano e diminuir a carne e alimentos de origem animal de sua vida, comece por alguns dias da semana. Existe o movimento Segunda Sem Carne, que propõe uma dieta sem animais na segunda-feira. Mas você pode aderir o costume em qualquer dia da semana!
- Busque auxílio de um nutricionista, pois retirar a carne do cardápio, mesmo que parcialmente, pode causar deficiência nutricional se não seguir uma dieta equilibrada.
- Inclua grãos, como lentilha, grão-de-bico e feijões, que são fontes de proteína e suprem a possível falta desse nutriente. Também invista no consumo de vegetais, frutas e legumes.
Fonte: Milena Lopes, nutricionista da Clínica NutriCilla. Pós-graduada em nutrição clínica pelo GANEP.