Rainha Elizabeth II: dicas de longevidade para viver muito como a monarca

Bem-estar Equilíbrio Saúde
08 de Setembro, 2022
Rainha Elizabeth II: dicas de longevidade para viver muito como a monarca

A Rainha Elizabeth II, do Reino Unido, morreu nesta quinta-feira (08/09), aos 96 anos, na Escócia. A causa da morte não foi divulgada pelo Palácio de Buckingham, porém, o público foi informado de que a monarca faleceu pacificamente. Durante todo o seu reinado, especialmente pela idade avançada, a rainha foi assunto e interesse de muitos especialistas e populares que questionavam como ela se manteve ativa por tanto tempo.

Leia mais: Problemas de mobilidade episódicos: do que sofria a rainha Elizabeth II?

Como era a alimentação de Rainha Elizabeth II?

A monarca era ativa nos eventos reais, fazia reuniões e comitês e até mesmo andou a cavalo pouco antes de falecer. Afinal, qual será o segredo de se manter com energia e viver bastante? A alimentação pode ser uma grande aliada quando o assunto é longevidade.

Em 2020, Darren McGrady, ex-chef real, divulgou o cardápio da rainha. De acordo com o profissional, ela fazia quatro refeições por dia e comia pequenas porções em cada uma delas. Em ordem, a alimentação diária da britânica era composta por: café da manhã, almoço, chá da tarde e jantar.

No café da manhã, a refeição incluía uma xícara de chá, biscoitos e uma tigela de cereais. Já no almoço, a soberana optava por peixe grelhado com espinafre ou abobrinha. Uma segunda opção era frango grelhado com salada. No final da tarde, o chá da tarde contava com scones (pãozinho bem típico da Inglaterra), geleia e creme de leite. Por fim, no jantar, ela consumia peixe e batatas, um prato popular em todo o castelo.

No entanto, Elizabeth II também desfrutava de bons drinques. Ela preferia gin e Dubonnet ou uma taça de champanhe, mas bebia de maneira moderada. No geral, a rainha consumia poucas calorias e também ingeria bastante peixe e frutos do mar. Esses alimentos são ricos em ômega-3 e fazem muito bem à saúde.

Dicas gerais

Comer mais frutas e vegetais é importante! Uma análise com publicação no British Medical Journal mostrou que consumir mais desses alimentos tem ligação com menores riscos de mortalidade por todas as causas, especialmente doenças cardíacas. Sendo assim, ingeri-los em, no mínimo, cinco porções por dia, é uma ótima opção.

Além disso, consumir oleaginosas também potencializa os nutrientes no corpo. Isso porque esses alimentos são fontes de gordura saudável, proteínas vegetais, fibras, antioxidantes, vitaminas e minerais importantes para o organismo. Por fim, diminuir o consumo de carne também colabora para ter uma boa longevidade. Portanto, aumentar as refeições à base de plantas é sugerido.

Exercícios acompanhavam a vida da Rainha Elizabeth II

Quando falamos sobre exercícios, não estamos nos referindo, necessariamente, à musculação. Atividades físicas comuns ou feitas por hobby também se encaixam nessa categoria. Ou seja, como já comentado, a Rainha Elizabeth II era uma verdadeira entusiasta do hipismo. Desde jovem, sempre montou a cavalo e esse hábito se manteve mesmo após os 90 anos.

No livro “Long Live the Queen: 23 regras para o viver da monarca mais antiga da Grã-Bretanha“, o autor Bryan Kozlowski conta que Elizabeth II preferia exercícios que lhe proporcionavam alegria, como caminhar com seus cachorros e praticar a equitação.

Não é novidade que a atividade física é a sugestão de diversos médicos para quem já passou da meia-idade — e antes dela também. Por isso, antes de começar a realizar qualquer exercício, é preciso consultar um especialista. Ou seja, fazer uma consulta com um clínico geral ou geriatra para checar quais atividades físicas podem ser feitas é o melhor jeito de começar. Veja algumas opções:

  • A natação é um ótimo exercício para a saúde cardiovascular, força e longevidade, pois não causa muito impacto nas articulações e trabalha a frequência cardíaca, além de ser muito divertido.
  • Caminhar é uma atividade muito comum entre os mais velhos, porque é um exercício de mínimo impacto, já que é possível controlar a velocidade, inclinação ou qualquer outra resistência durante a atividade.
  • Andar de bicicleta também ajuda a potencializar a longevidade. Especialistas recomendam que a prática desse exercício de baixo impacto seja de 30 minutos por dia, diariamente.

Bem-estar também é fator chave

Além de cuidar da saúde física com alimentação e exercícios físicos, zelar pelo bem-estar e saúde mental também é importante para ter uma longa vida. Ou seja, executar atividades que goste, investir em momentos para relaxar e fazer o que te faz sentir bem. Essa questão era muito importante para a rainha. Kozlowski, autor do livro “Long Live the Queen”, afirmou que ela seguia a ideia de ser responsável pelas suas próprias emoções. Ou seja, se mantinha sempre atualizada, ocupada, era curiosa e gostava de estudar documentos antigos todos os dias.

De acordo com a médica Anelise Fonseca, médica coordenadora de Geriatria do Hospital Adventista Silvestre, celebrar momentos importantes da vida tem extrema importância quando se trata de longevidade. Por exemplo: a recente comemoração do Jubileu de Platina, cerimônia que marcou os 70 anos de reinado da monarca, mulher que por mais tempo permaneceu no trono. Por fim, a especialista conta mais dicas sobre como ter uma vida longa:

  • Ter um propósito de vida;
  • Promover uma vida social saudável, que evite o isolamento;
  • Ter abertura para sua espiritualidade como ter religião, conexão com algo – natureza , uma causa, artes;
  • Exercer um hobbie, uma atividade ou algo que de prazer;
  • Não ser radical e sim ter flexibilidade nas relações, nas escolhas, nas parcerias pessoais e de trabalho.

Fonte: Anelise Fonseca, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Regional Rio e coordenadora de Geriatria do Hospital Adventista Silvestre.

Sobre o autor

Gabriela Ferreira
Jornalista e Repórter da Vitat.

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