A radiodermite é uma inflamação da pele que pode surgir devido à radioterapia, um tratamento utilizado contra o câncer.
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Segundo Gustavo Buscacio, médico oncologista do Hospital Adventista Silvestre, a radiodermite se desenvolve em alguns casos como efeito colateral da radioterapia. “A radioterapia causa essas lesões na pele pelo mesmo mecanismo que ela vai provocar o dano ou a morte das células tumorais. Às vezes, no trajeto da radioterapia, a região em que você está direcionando o tratamento pode sofrer esses efeitos”, explica.
Como resultado, a pele entra em um processo inflamatório, que se divide em quatro estágios.
A princípio, os cuidados dependem do estágio da radiodermite. De acordo com Buscacio, casos mais leves não precisam de nenhum tratamento específico. Afinal, a lesão pode desaparecer com o tempo e sem probabilidade de agravamento. Contudo, se o quadro inflamatório for mais delicado, como o segundo e terceiro estágios, é importante tratar de forma tópica. Ou seja, com pomadas e cremes específicos, indicados pelo médico. “Por sua vez, em situações muito severas e graves, pode haver a necessidade de enxertos de pele e procedimentos cirúrgicos, como se faz, por exemplo, em casos de queimaduras graves por outros agentes. Felizmente, essas situações são menos comuns”, esclarece o médico.
Ao prevenir a radiodermite, evita-se interrupções ou pausas no tratamento, o que pode ser negativo para o sucesso da radioterapia. Dessa forma, os cuidados começam antes do tratamento, cujas orientações devem ser passadas pelo médico oncologista responsável pelos cuidados do paciente. Algumas delas:
Não necessariamente. Antes de mais nada, vale dizer que a radioterapia provoca reações diferentes em cada pessoa. Por isso, alguns indivíduos podem ser mais sensíveis e propensos aos efeitos da exposição da radiação, enquanto outros sequer apresentam qualquer tipo de irritação na pele.
Fonte: Gustavo Buscacio, médico oncologista do Hospital Adventista Silvestre.
Referência: ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia.