Quem tem hepatite pode fazer tatuagem?

Saúde
22 de Agosto, 2022
Quem tem hepatite pode fazer tatuagem?

O risco de contrair hepatite ou outras doenças por meio de materiais não esterilizados corretamente na hora de realizar uma tatuagem já é conhecido. Mas será que quem tem hepatite pode fazer tatuagem? De acordo com a hepatologista do Pilar Hospital, Fernanda Canedo, a resposta é sim, mas em alguns casos é melhor esperar um pouco antes de fazer o procedimento. Vamos entender melhor o assunto.

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Saiba em quais casos quem tem hepatite pode fazer tatuagem

A hepatite é uma inflamação no fígado, que possui diversas causas e tipos: A, B, C, D e E. Os tipos virais, B e C, são os mais comuns. “Os pacientes com hepatites B e C crônicas podem sim, fazer tatuagens ou piercings, mas como os vírus podem ser transmitidos pelo contato com sangue e fluídos, os materiais que forem utilizados vão estar contaminados”, explica a hepatologista.

De acordo com Fernanda, a hepatite D tem a transmissão igual a B e C, mas depende do vírus da hepatite B para sobreviver. Por isso, só existe em indivíduos com o tipo B. Nesse caso, a recomendação é a mesma em relação à tatuagem nos casos crônicos.

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Em casos agudos, é melhor esperar

Nos casos de hepatite aguda, como os tipos A e E, no momento que o fígado está inflamado não se deve fazer nenhum procedimento estético. É melhor esperar sair do quadro para realizar a tatuagem.

“No quadro de hepatite aguda, que é quando o paciente tem uma inflamação mais importante, com aumento acentuado das transaminases, não deve fazer nenhum procedimento eletivo-estético que não seja fundamental”, reforça a médica. A medida visa evitar qualquer possível risco à saúde do paciente, que está no momento mais fragilizada.

Cuidados ao fazer a tatuagem

Em qualquer caso, é fundamental utilizar material estéril e descartável, mas em quem tem a condição ainda é mais importante. O vírus das hepatites B e C pode sobreviver por horas e até dias nas superfícies, por isso é fundamental a higienização do ambiente.

Além disso, os cuidados também devem ser redobrados com o descarte correto dos materiais. “O profissional deve ter o cuidado de se desfazer do material de forma adequada, naquelas caixinhas para descarte de material hospitalar perfurocortante, para evitar que se contaminem como também um catador de resíduos sofra um acidente com esse material estará contaminado”, faz o alerta.

Fonte: Fernanda Canedo, hepatologista do Pilar Hospital, do Grupo Hospital Care

Referência: Ministério da Saúde

Sobre o autor

Beatriz Libonati
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em diabetes e obesidade.

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