Queda de cabelo e síndrome dos ovários policísticos: qual é a relação?
A queda de cabelo é um dos vários sintomas da SOP, ou seja, a síndrome dos ovários policísticos.
Descoberto recentemente pela atriz Larissa Manoela, o quadro voltou a ganhar destaque e virar um assunto muito falado na internet, rendendo várias dúvidas. Trata-se de uma das doenças mais comuns entre as mulheres em idade reprodutiva, atingindo de 7% a 10% da população feminina.
De acordo com o tricologista Ademir Carvalho Leite Júnior, a SOP é causada por um desequilíbrio hormonal que pode ter influência na queda de cabelo.
Mas, afinal, qual é a relação entre os dois problemas? Saiba mais a seguir!
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O que é síndrome dos ovários policísticos?
A SOP é uma doença causada por um desequilíbrio hormonal, em especial o excesso de estrógeno e testosterona ou a redução de progesterona no corpo da mulher.
O quadro costuma ter como sintomas a queda de cabelo, a acne, dificuldades para engravidar, ganho de peso e aumento da ansiedade e depressão na menstruação.
Para tratar a doença, é importante manter uma alimentação saudável, se exercitar e, é claro, controlar o aumento de hormônios no organismo. Além disso, também é preciso controlar a resistência à insulina, a oleosidade da pele e aumento dos pelos no corpo.
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Queda de cabelo e SOP
Apesar de parecer só mais um sintoma, citar a perda de cabelo na consulta pode fazer diferença na hora de encontrar o diagnóstico de SOP. Isso vale ainda mais quando os outros sinais da doença surgiram de uma forma mais sutil.
“Neste caso, a queda de cabelos é, de certa forma, algo positivo, assim como quando acontece de ela ajudar no diagnóstico de uma anemia, um problema de tireoide ou outra doença ou deficiência do organismo feminino”, conta o profissional.
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Tratamento para queda de cabelo e SOP
Segundo o médico, mudar a alimentação e fazer atividades físicas é o primeiro passo para tratar a queda de cabelo de pacientes com SOP. Isso porque as duas ações já ajudam para melhorar a resistência à insulina, que é um dos estados metabólicos mais importantes no desenvolvimento da síndrome.
Depois que o paciente der início a esses novos hábitos em seu dia a dia, é possível começar o tratamento com uso de pílulas. Estas, por sua vez, podem ajudar a corrigir e prevenir outros problemas desencadeados pela SOP, como doenças do endométrio.
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“Dependendo da composição hormonal da pílula, o resultado também pode ser ajudar a melhorar a oleosidade da pele, a acne, o excesso de pelos e a própria queda de cabelo. Ao somar o uso da pílula com os novos bons hábitos, os resultados são ainda melhores.”
Ainda segundo o médico, existem vários outros tratamentos para a SOP que podem ajudar na melhora da queda, sendo alguns deles feitos em conjunto com um endócrino, um ginecologista e um tricologista.
“Ter uma equipe de profissionais trabalhando com o apoio da paciente reforça a máxima de que, em muitos casos, precisamos colocar em prática o envolvimento de todos os interessados na correção do problema, para conseguir atingir bons resultados”, finaliza ele.
Fonte: Ademir Carvalho Leite Júnior, médico e tricologista, de São Paulo.