Pubalgia: saiba mais sobre a lesão do jogador de futebol Arrascaeta

Bem-estar Movimento Saúde
21 de Setembro, 2022
Pubalgia: saiba mais sobre a lesão do jogador de futebol Arrascaeta

Quem acompanha o mundo do futebol já deve ter visto que Giorgian de Arrascaeta, meio campista do Flamengo, está com pubalgia. A fim de poupar o jogador para as finais da Libertadores da América, a equipe médica está fazendo um tratamento específico para combater a lesão. A seguir, saiba mais sobre a condição, que é bastante comum entre jogadores de futebol.

Veja também: As principais lesões da corrida e como ficar longe delas

O que é pubalgia?

Também conhecida como “hérnia do esporte”, a pubalgia é a inflamação da sínfise púbica, situada na parte frontal da bacia, dos tendões da musculatura reto abdominal e dos adutores (parte interna das coxas).

O que causa a pubalgia?

Em geral, a inflamação é mais comum em homens que jogam rúgbi e futebol de forma amadora ou profissional — como Arrascaeta — e que praticam corrida de rua. A princípio, o motivo é a sobrecarga dos tendões e da musculatura afetada, devido à falta de fortalecimento, movimento inadequado e desequilíbrios musculares. Isso pode ocorrer quando a pessoa tem uma rotina intensa de treinos que não permitem o descanso do corpo e, consequentemente, a recuperação ideal.

Sintomas

Como resultado, o indivíduo sente fortes dores na virilha, na parte interna das coxas e no abdômen. Além disso, tem dificuldades para fazer o movimento de elevação (um chute, por exemplo). A dor ainda pode irradiar para os testículos e causar imenso desconforto, que costuma cessar com o corpo parado. Outro exercício que pode ser bastante doloroso para quem está com pubalgia é o abdominal, principalmente o que força a parte inferior do abdômen. Em casos agudos, até uma simples caminhada pode ser um desafio.

Diagnóstico

A anamnese, ou seja, a avaliação minuciosa dos histórico de saúde, sintomas e estilo de vida do indivíduo apontam o caminho para a pubalgia, que exige exames de imagem. Ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassom são os mais úteis para identificar o foco da inflamação, além de descartar outros problemas com sintomas parecidos (hérnia inguinal, por exemplo).

Tratamento da pubalgia

A principal recomendação dos ortopedistas é parar os treinos por um tempo e investir na fisioterapia até a inflamação regredir. Existem diversas técnicas da fisioterapia que podem aliviar as dores e reduzir o período de recuperação. Laser, choque, liberação miofascial e exercícios educativos e de força são alguns exemplos que integram os cuidados desse tipo de lesão.

O uso de medicamentos anti-inflamatórios também ajuda a diminuir o desenvolvimento da inflamação. No entanto, devem ser utilizados por um curto período, já que não são a única solução para o problema.

A situação do jogador Arrascaeta é um pouco diferente: ele não pode parar de participar dos jogos, então os médicos estão reforçando o tratamento com fisioterapia intensiva e restringindo a duração dos treinos do profissional. Portanto, trata-se de algo excepcional, que não deve servir de exemplo entre pessoas que praticam atividades de forma amadora.

Como prevenir a pubalgia

A melhor maneira de evitar qualquer tipo de lesão é respeitar seus limites. Na maioria dos casos, as pessoas levam o corpo ao máximo sem o preparo, como os “atletas de final de semana”, que só praticam uma atividade vez o outra. Sem consistência, musculatura, ossos, articulações e tendões não conseguem se adaptar e sofrem inflamações diversas.

Em síntese: treinar com regularidade, especialmente a musculatura do core, não pular o descanso e fazer exercícios sob orientação profissional contribuem para um corpo protegido contra lesões.

Referências: Einstein; Sociedade Brasileira do Quadril; e Revista Brasileira de Ortopedia.

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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