Prova do laço: o que é e para que serve o teste

Saúde
02 de Maio, 2022
Prova do laço: o que é e para que serve o teste

Se você já teve dengue ou outra doença com potencial hemorrágico e foi ao hospital, é muito provável que a equipe médica tenha aplicado a prova do laço, um exame simples e rápido que ajuda a identificar infecções desse tipo. A princípio, o teste é uma diretriz da Organização Mundial da Saúde para avaliar o risco de sangramento em indivíduos com suspeita de dengue. Logo, a prova do laço é um exame complementar que reforça a avaliação clínica, acompanhada de exames que detectam a dengue e outras enfermidades.

Veja também: Vacina da dengue: quando tomar, doses e efeitos

Como é feita a prova do laço?

Com diversos nomes — prova do torniquete, prova de Rumpel-Leede ou teste de fragilidade capilar — a prova do laço tem algumas etapas que devem ser feitas pelo médico ou enfermeiro. Basicamente é aferida a pressão arterial insuflando o manguito do aparelho medidor até chegar ao valor médio (PAM). Em seguida, o profissional desenha um quadrado de 2,5 cm X 2,5 cm no antebraço do paciente, mantendo o manguito insuflado por 5 minutos em adultos e por 3 minutos se for uma criança. Conta-se o número de pontos avermelhados (petéquias) dentro da área demarcada. Se a pessoa for adulta e tiver 20 ou mais petéquias, o resultado é positivo para a dengue. Para crianças, o parâmetro são 10 pontinhos vermelhos.

Outras funções da prova do laço

As pequenas pintas que se manifestam ao longo do teste apontam a sensibilidade dos vasos sanguíneos, sintoma não apenas da dengue, mas de outras doenças com potencial hemorrágico. Por exemplo:

  • Hemofilia.
  • Enfermidades relacionadas ao fígado.
  • Trombocitopenia.
  • Anemia.
  • Escarlatina.
  • Zika vírus.
  • Chikungunya.

Por isso, além de observar o conjunto de sintomas, é necessário realizar exames laboratoriais compatíveis com as suspeitas.

Em quais casos o teste não é necessário?

Quando a pessoa chega ao pronto atendimento apresentando sintomas como sangramento do nariz e das gengivas e sangue na urina, o teste é dispensado, pois são sinais evidentes de hemorragia. Além disso, é analisado o histórico do indivíduo: se há uso de corticoides, anticoagulantes e aspirina, pré ou pós-menopausa e período recente de longa exposição ao sol com queimaduras na pele, os resultados do teste podem ser alterados sem estar com a doença (falso positivo). Dessa forma, a equipe médica pode optar por suspender a prova e recorrer aos exames laboratoriais.

Referências: Secretaria do Estado da Saúde do Ceará; e Ministério da Saúde.

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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