Pré-natal: quais são os exames e a importância desse cuidado?

Gravidez e maternidade
25 de Julho, 2023
Pré-natal: quais são os exames e a importância desse cuidado?

Ao receber o resultado positivo para a gravidez, muitas mulheres iniciam uma verdadeira jornada repleta de leituras e conhecimento sobre maternidade. Especialmente as mães de primeira viagem — tudo para dar as boas-vindas ao bebê da melhor forma possível. Mas, se existisse apenas uma maneira para garantir uma gravidez saudável, tanto para a mãe quanto para o bebê, seria seguir o pré-natal à risca.

Essa etapa é primordial para reduzir riscos ao longo de toda a gravidez, seja para evitar complicações como prematuridade, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e outros perigos do processo.

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O que é o pré-natal?

O pré-natal é nada mais que o acompanhamento da gestação, do início às últimas semanas do parto. Nesse período, a futura mãe deverá ir ao obstetra para fazer exames e monitorar o desenvolvimento do bebê. Além disso, é uma oportunidade para esclarecer dúvidas, falar sobre os desconfortos e outras questões que somente um médico pode responder.

Mais do que um dever para assegurar o bem-estar durante a gravidez, o pré-natal é um direito de toda mulher gestante. De acordo com o Ministério da Saúde, a jornada deve começar logo que houver a confirmação ou a suspeita da gravidez, de preferência até a 12ª semana de gestação.

Para Geraldo Caldeira, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana, o ideal é que a primeira visita médica ocorra 15 dias após o teste positivo. “Na primeira consulta, pedimos um check-up com diversos exames, pesamos, medimos a pressão arterial e conhecemos todo o histórico de saúde da mulher. Na ocasião, também realizamos o primeiro ultrassom. Por volta da sexta semana, conseguimos ouvir o coração do embrião, um bom sinal de que a gestação está evoluindo bem”, explica.

Depois de 15 dias, a mãe precisa retornar com os resultados dos exames para o obstetra, que verifica se há alterações e recebe o encaminhamento para o primeiro ultrassom morfológico. “Dessa forma, podemos observar por volta das 12 semanas se o bebê possui algum risco de síndrome genética”, comenta.

Com qual frequência devo ir ao obstetra e fazer os exames?

A periodicidade do pré-natal depende muito da saúde da mãe e do bebê. Por exemplo, se for uma gravidez de risco, exigirá mais controle e idas ao obstetra, além de cuidados pertinentes à condição.

De forma geral, Caldeira afirma que o primeiro mês requer duas consultas; nos demais, o acompanhamento se torna mensal, até que o último mês a mãe deve ir semanalmente ao obstetra. “Precisamos ver a gestante com mais frequência no último mês, pois a reta final é sinônimo de imprevistos para intercorrências na gravidez”, justifica o médico.

O que acontece durante as consultas?


Já explicamos que as duas visitas iniciais servem para a realização dos primeiros exames, os quais detalharemos mais à frente. Elas são úteis para diagnosticar qualquer indício de problema nos primeiros meses da gravidez, mais críticos para o crescimento saudável do bebê.

Aqui, falaremos sobre o que acontece nessas idas de rotina. No ingresso do segundo trimestre, ou quarto mês, Geraldo Caldeira explica a necessidade de um novo ultrassom morfológico, quando o bebê está com 21 ou 22 semanas de vida.

“Este exame também é essencial para verificarmos o colo do útero. Se estiver menor que 30 mm, existe a chance de parto prematuro. Repetimos a curva glicêmica, para checar a possibilidade de diabetes gestacional ou se a mulher já apresenta a condição”, diz.

Com seis meses ou 28 semanas, entra um novo teste: o ecocardiograma fetal, que investiga a atividade do coração do bebê, se há malformações ou não.

Ao completar 32 semanas, o obstetra solicitará o doppler, que examina o fluxo das artérias umbilical e cerebral do bebê. Por fim, chegam as consultas semanais, a fim de prevenir surpresas negativas na hora do parto.

Principais exames pré-natal

  • Ultrassonografia.
  • Ecocardiograma fetal.
  • Ultrassom com doppler.
  • Glicemia de jejum.
  • Hemoglobina glicada.
  • Ferro e ferritina.
  • Tipagem sanguínea, sistema ABO e fator Rh.
  • Sorologias para rubéola, toxoplasmose, zika, citomegalovírus e HIV.
  • Proteinúria.
  • VDRL para sífilis.
  • Exame de fezes e urina.
  • Bacterioscopia vaginal.
  • Sorologia para todos os tipos de hepatite.

Dúvidas frequentes

Afinal, quando consigo descobrir o sexo do bebê?

Se houver muita curiosidade sobre o sexo do bebê, a mulher pode realizar a sexagem fetal a partir da nona semana de gestação. Contudo, é possível saber se é menino ou menina por meio do ultrassom de rotina — geralmente o segundo morfológico, entre 21 e 22 semanas de vida. Em alguns casos, dá para descobrir o sexo do bebê logo no primeiro ultrassom.

O que perguntar ao médico durante o pré-natal?

As visitas são o momento para tirar todas as dúvidas sobre o andamento da gravidez. Portanto, relate todos os sintomas, desconfortos e inseguranças, pois não existe certo nem errado. Sobretudo se for a sua primeira experiência como gestante ou se a gravidez apresentar riscos.

Na primeira consulta, conte tudo sobre sua saúde: se possui alguma doença crônica, se já sofreu abortos, se toma algum medicamento de uso contínuo… Esse tipo de informação é valiosa para o obstetra pedir exames específicos ou direcionar cuidados de acordo com a situação.

Fonte: Geraldo Caldeira, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana. 

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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