Plasmaférese: o que é, como funciona e qual a indicação do tratamento

Saúde
24 de Outubro, 2022
Plasmaférese: o que é, como funciona e qual a indicação do tratamento

Embora seja pouco conhecida, a plasmaférese é um tratamento complementar e muito útil para algumas doenças. O processo se parece com o da hemodiálise e possui o mesmo objetivo de filtrar o sangue. A diferença é que a hemodiálise é para pacientes com insuficiência renal, enquanto a plasmaférese tem outras indicações. A seguir, saiba mais sobre o procedimento e para quem se destina.

Veja também: Afinal, como deve ser a dieta de quem faz hemodiálise?

O que é a plasmaférese?

É um tipo de terapia que realiza a filtragem de uma parte do sangue chamada plasma, cuja função é transportar nutrientes e outras substâncias para todo o corpo. Para isso, é necessário separar o plasma do restante do sangue para remover as impurezas e toxinas responsáveis por diversas doenças.

Principalmente as autoimunes, em que o corpo ataca as próprias células do organismo. No entanto, é importante esclarecer que a plasmaférese não é a única solução para controlar uma condição desse tipo. Ou seja, é parte de um tratamento que inclui medicamentos e outros cuidados.

Em quais casos o tratamento possui indicação?

A princípio, a plasmaférese é recomendada em pessoas com doenças variadas (em especial as autoimunes), como a esclerose múltipla, miastenia gravis e a síndrome de Guillain-Barré. Outras condições:

Como funciona a plasmaférese?

O processo de filtragem é feito por meio de uma máquina de colheita de plasma. O equipamento separa o sangue do plasma para, então, realizar a remoção de substâncias nocivas e responsáveis pelas doenças citadas acima.

Ou seja, ela elimina os anticorpos em excesso que causam os sintomas das condições autoimunes. Dessa forma, a técnica consegue amenizar os desconfortos desses problemas de saúde se estiver associada a medicamentos imunossupressores, por exemplo.

Para realizar o procedimento, é feito um acesso na veia jugular interna ou na veia femoral para conduzir o sangue até a máquina e devolvê-lo ao corpo depois da filtragem.

Logo após o processo, o indivíduo também recebe uma transfusão de plasma, obtida a partir de um doador saudável. Assim, é possível repor os nutrientes perdidos do plasma filtrado, já que a plasmaférese “limpa” tudo.

Em média, as sessões de plasmaférese duram duas horas, e a frequência depende da gravidade e do tipo da doença. Por exemplo, há situações em que o paciente precisa realizar a terapia diariamente, enquanto outros, em dias alternados.

Todavia, o indivíduo não deve se submeter à técnica de forma contínua: um tratamento dura de 5 a 7 sessões que perduram até duas semanas conforme a periodicidade.

Perguntas frequentes

Como saber se posso realizar a plasmaférese?

Antes de mais nada, converse com o médico que acompanha seu tratamento. Questione sobre os benefícios e se o procedimento é eficaz para seu caso.

A terapia pode ser encontrada no SUS?

Por ser um serviço essencial e de alta demanda, é possível realizar a plasmaférese por meio do SUS. Alguns planos de saúde também oferecem a cobertura completa, dependendo do tipo de convênio contratado.

Existem efeitos colaterais?

Em geral, a plasmaférese não causa nenhuma reação. Mas alguns pacientes podem ficar com hematomas e dor na área perfuração da veia. Assim, é essencial manter a lesão limpa para evitar infecções. Outros indivíduos apresentam sangramentos na região, pois pode sofrer uma deficiência temporária de substâncias coagulantes do sangue.

Referências: MSD Manuals; Pró-Rim; National Multiple Sclerosis Society; e Ministério da Saúde.

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Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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