Morte súbita em adultos: jogador do Bahia morre após passar mal
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O atacante do time de futebol Bahia de Feira, o Deon, faleceu após passar mal em um treinamento de rotina. De acordo com o jornal baiano “A Tarde”, o atleta de 36 anos teria sofrido um “mal súbito” – na verdade, o termo mais adequado seria “morte súbita”. Deon chegou a ser encaminhado a um hospital da região, mas não resistiu. Saiba mais sobre o problema e suas possíveis causas:
Mal súbito ou morte súbita
Muita gente acha que “mal súbito” refere-se ao falecimento repentino de alguém. Mas na verdade, o termo correto para o acontecimento é “morte súbita”. Isso porque o mal súbito é usado para descrever uma reação do organismo (que pode envolver desmaios, convulsões e perda de consciência) a algum problema (geralmente, grave), mas não necessariamente é fatal.
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No caso da morte súbita, a causa mais comum em adultos é a doença arterial coronariana. Ela gera o infarto agudo do miocárdio, uma condição que aumentou muito entre 2008 e 2022. Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), as internações por infarto cresceram mais de 150% nesse período. Em nota, a Federação Bahiana de Futebol (FBF) confirmou que esse também foi o motivo do falecimento do jogador.
Também conhecido popularmente como ataque cardíaco, o infarto ocorre quando o fluxo de sangue para o coração é interrompido ou comprometido. Normalmente, o infarto acontece por causa de uma obstrução de vasos e artérias que transportam sangue ao coração. A princípio, os responsáveis por esse bloqueio são placas de gordura ou coágulos que atrapalham a circulação de sangue e oxigênio para o órgão.
Os sintomas mais comuns incluem sensação de aperto e queimação no peito, falta de ar, suor excessivo, tontura, vômitos e, em alguns casos, perda temporária da consciência. Contudo, às vezes esses sinais não aparecem ou não são tão evidentes, o que aumenta o risco de complicações.
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Outros dados
Uma cartilha do Incor (Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP) afirma que a maioria das vítimas de morte súbita encontra-se em sua idade mais produtiva – e mais de 95% dos falecimentos ocorrem fora do ambiente hospitalar.
“Entre jovens, a liberação de adrenalina durante a prática de atividade física, associada a anomalias cardíacas ou ao uso indevido de drogas ilegais, é o fator desencadeante de distúrbios do ritmo cardíaco, tais como fibrilação ventricular, levando à parada cardíaca”, aponta o documento.
A morte cerebral (completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro), começa entre quatro e seis minutos após o infarto. E as chances de sobrevida são reduzidas em cerca de 10% a cada minuto que se passa sem atendimento médico (geralmente feito com choque elétrico, isto é, desfibrilação).
A melhor forma de prevenir qualquer imprevisto com relação à saúde do coração é realizando exames periódicos e consultas regulares com um cardiologista.
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