Mitos sobre gordura abdominal – desvendados
Você malha na maioria dos dias da semana e come refeições saudáveis o máximo que pode. Mas, mesmo que os ponteiros da balança diminuam, não enxerga sucesso com a gordura abdominal? Quem enfrenta essa situação provavelmente já está cansado de ouvir promessas e dicas “milagrosas” para se livrar dos pneuzinhos dessa região.
Não existe fórmula mágica: combinar dieta e atividade física é a maneira mais eficaz de evitar o acúmulo de gordura abdominal – e em outras partes do corpo. Porém, com pequenas e simples atitudes do dia a dia você pode, aos poucos, conseguir resultados fantásticos para conquistar uma barriga mais sequinha. Mas antes, vem descobrir o que é mito e o que é verdade sobre o assunto.
Mito 1: Gordura abdominal é como qualquer outro tipo de gordura
Na verdade, ela é muito mais perigosa. Tem até um nome próprio: gordura visceral (versus gordura subcutânea, que é a gordura que está logo abaixo da pele). A gordura visceral não é apenas responsável por preencher a cintura e dificultar o fechamento do botão do jeans. Ela é encontrada entre os órgãos internos e está relacionado a diversos tipos de problemas de saúde, incluindo resistência à insulina e diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e câncer de mama. Também está conectada ao câncer colorretal, apneia do sono, hipertensão e morte prematura.
Leia também: Perder gordura abdominal: 13 dicas para secar a barriga
Mito 2: Abdominal é eficaz para queimar gordura na região
Infelizmente, não podemos dizer ao corpo de onde exatamente gostaríamos de perder gordura – é tudo genético. Seu corpo nasce com lugares pré-concebidos em que deseja armazenar gordura e, da mesma maneira, extrai gordura de onde achar melhor. Então, para queimar gordura da barriga, você precisa se concentrar em queimar gordura em todos os lugares.
Dito isso, para perder gordura abdominal (e de todo o corpo), é preciso se manter em déficit calórico. Ou seja, consumir menos calorias do que você gasta em seu dia, além disso, diminuir o consumo de carboidratos simples (como guloseimas e açúcar adicionado) pode te ajudar, pois são alimentos calóricos e por fim, incluir a prática de exercícios físicos à rotina.
Mito 3: Certos alimentos queimam gordura
Não há alimentos ou bebidas específicos que possam derreter a gordura de nenhuma parte do corpo. Mas, existem algumas diretrizes de alimentação saudável que podem ajudar. A dieta mediterrânea – que prioriza o consumo de frutas, vegetais, grãos inteiros e gorduras saudáveis - demonstrou reduzir a gordura da barriga de forma mais eficaz do que uma dieta com baixo teor de gordura, de acordo com um estudo publicado em agosto de 2019 no Journal of Hepatology.
Por outro lado, existem alimentos que devem ser evitados por quem busca emagrecer. Portanto, tome cuidado com alimentos processados ou com adição de açúcar, pois eles podem aumentar a gordura da barriga. Esses tipos de alimentos normalmente têm um índice glicêmico mais alto e mais calorias.
Mito 4: Cinta modeladora é uma boa aliada
Apesar do que muitas celebridades e influenciadores divulgarem, uma cinta modeladora ou qualquer acessório projetado para transformar a cintura em uma ampulheta não é uma boa ideia. De acordo com a Associação de Cirurgia Estética Norte-Americana, a questão não é apenas que essas cintas provavelmente sejam desconfortáveis. Elas também podem ter efeitos colaterais mais sérios, como empurrar órgãos para posições não naturais, fraturar as costelas e privar o corpo de oxigênio. E, embora você possa conseguir reduzir medidas quando estiver vestindo a peça, não há como mantê-la para sempre. Quando você a tira, o corpo volta à forma natural.
Mito 5: Dieta e exercícios são os únicos fatores que contam para perder medidas
Dieta e exercícios são certamente duas peças do quebra-cabeça, mas não são os únicos fatores. Para conquistar medidas mais sequinhas, é preciso levar em consideração:
- Sono: Dormir o suficiente pode ajudá-lo a fazer melhores escolhas alimentares durante o dia. Além disso, a falta de sono pode levar a comer demais porque os níveis do hormônio estimulador do apetite grelina aumentam e os níveis do hormônio supressor do apetite leptina diminuem quando não se está descansado.
- Genética: Seus genes desempenham um papel importante no armazenamento de gordura. Então, você pode estar mais propenso a adicionar gordura na região.
- Estresse: Quando o corpo está estressado, ele bombeia mais hormônio cortisol. Isso é um problema, porque os níveis elevados de cortisol podem levar a um maior armazenamento de tecido adiposo.
- Idade: Por fim, a massa muscular diminui naturalmente com o tempo e os níveis de gordura aumentam. Assim, mulheres mais velhas, especialmente, podem notar mais gordura na barriga como resultado da diminuição da produção de estrogênio.