Meningite em crianças: médico alerta para sinais

Saúde
14 de Abril, 2022
Meningite em crianças: médico alerta para sinais

A meningite é uma inflamação das membranas que revestem o sistema nervoso central. Dessa forma, a doença pode ser infecciosa ou não infecciosa e pode, ainda, causar sequelas. Infelizmente, a doença também atinge os pequenos. Em geral, a meningite em crianças mais comum é a meningite meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis. Entenda.

Leia mais: Meningite C: afinal, quais são as características?

Meningite em crianças: meningocócica é a principal

A meningite meningocócica é um dos principais tipos de meningite que atinge a população pediátrica. Sua transmissão é feita de pessoa a pessoa, através de secreções respiratórias como espirro, tosse e outras formas de contato próximo. Por exemplo: em creches e escolhinhas. Dessa forma, de acordo com o Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico, a doença pode causar consequências muito graves se não tratada em tempo hábil.

Além disso, o médico alerta para os principais sintomas. “Se o seu filho apresentar febre, moleira abaulada no caso dos lactentes, dor de cabeça persistente, rigidez da nuca e alteração do estado mental, cuidado! esses são alguns dos sinais da meningite”, alerta. O médico chama atenção, ainda, para o prevenção da doença, que pode ser feita por meio da vacinação, Assim, em crianças menores de 2 anos, a vacina indicada é a do tipo B e C conjugada. Por outro lado, na população geral, é a vacina meningo A e C.

Meningite infecciosa X meningite bacteriana

As meningites infecciosas são mais frequentes e podem ser causadas por vírus, bactérias e fungos. Dessa forma, o tratamento consiste no uso de antibióticos ou antivirais. Vale lembrar que o tratamento terapêutico imediato é fundamental para a redução da mortalidade e a gravidade das sequelas.

Já as meningites não infecciosas são causadas por traumatismos, hemorragias, tumores, irritação química, entre outros. “A cirurgia só é indicada nas meningites não infecciosas quando há acúmulo de líquido ou abcesso, ou outro tipo de complicação, são casos excepcionais. De modo geral, o tratamento é feito com corticosteroides”, comenta Dr. Ricardo.

As meningites bacterianas, por sua vez, podem deixar sequelas graves em cerca de um terço dos indivíduos afetados. Dentre elas estão a epilepsia, deficiência auditiva e o atraso neuropsicomotor, por exemplo.

O isolamento de contato (gotículas e secreções) está indicado após o diagnóstico de meningite causada pelo meningococco e haemophilus influenzae tipo B até 24h após a administração de antibióticos.

“Adultos e crianças podem apresentar os mesmos sintomas: dor de cabeça persistente, rigidez da nuca, irritabilidade, febre, prostração, crise convulsiva, entre outros. A vacinação é ainda a melhor forma de prevenção contra os casos graves de meningite infecciosa”, finaliza o médico.

Por fim, a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) recomenda que a vacina seja oferecida para crianças, adolescentes e adultos. Além da meningite C, ela protege contra três outros tipos de meningococos.

Fonte: Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico.

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