Mastite fora da amamentação: conheça as causas e como prevenir

Saúde
11 de Agosto, 2022
Bárbara Shibuya Alves
Revisado por
Enfermeira • Coren-SP 752311
Mastite fora da amamentação: conheça as causas e como prevenir

A mastite é uma inflamação nas mamas que atinge de 2% a 10% das lactantes. Entretanto, embora seja mais frequente no período da lactação, também pode acontecer fora desse período. É o caso da mastite fora da amamentação ou não puerperal, que pode atingir homens ou mulheres. Entenda.

Leia mais: Mastite: o que é, sintomas, tratamento e como evitar

Quais são as causas da mastite fora da amamentação?

A mastite possui diversas causas, divididas em inflamatórias e infecciosas, sendo essa última a mais comum. Segundo o Dr. Danilo Galante, ginecologista, os principais fatores de risco para a infecção da mama fora do período da lactação consiste no tabagismo, diabetes e traumas locais da mama. “A prótese de silicone também é um fator de risco para infecções mamárias”, alerta. Além disso, também contribuem:

  • Alterações hormonais relacionadas à menopausa, que acarretam o entupimento dos ductos mamários com células mortas, favorecendo a proliferação de bactérias 
  • Tabagismo, que leva à alteração gradual do epitélio da célula mamária, podendo ocasionar a inflamação.
  • Estresse e má alimentação. 
  • Utilizar sutiãs muito apertados por longos períodos. 
  • Outras doenças, que debilitam o sistema imunológico. 
  • Uso de medicamentos à base de corticóides por longos períodos ou em alta frequência. 

Vale um destaque para o tabagismo, um dos fatores de risco mais importantes. Isso porque 90% das inflamações de mama não relacionadas à amamentação são causadas pelo tabaco. Dessa forma, fumar pode causar o bloqueio definitivo de um ou mais canais mamários, afetando a estética dos seios e prejudicando futuras amamentações.

Sintomas

De acordo com a Dra. Maria Ráris, clínica geral, a mastite fora da amamentação pode causar dor, ingurgitamento da mama afetada, aumento da temperatura no local, inchaço, vermelhidão, e em alguns casos, secreção purulenta pelo bico do seio. Em casos mais avançados, o paciente pode ter febre, mal-estar e prostração.

Diagnóstico da mastite fora da amamentação

O diagnóstico da mastite fora da amamentação é basicamente clínico, isto é, realizado por meio de exame físico. “A paciente vai na consulta e o médico, ao examiná-la, vai perceber a mama vermelha, quente e dolorosa ao toque, isto é, com sinais clássicos de infecção”, explica o Dr. Danilo. 

Ademais, para diferenciar entre causas inflamatórias e infecciosas, a ultrassonografia de mama pode ajudar, além da cultura de secreção para identificar os germes, bem como biópsias e exames de sangue.

Tratamento

Se a causa da mastite for infecciosa, deve-se iniciar o uso de antibióticos e anti-inflamatórios. No entanto, quando há presença de fístulas e abscessos, é necessário realizar cirurgia e drenagem. De qualquer modo, o tratamento é individualizado e vai de acordo com a doença de base e evolução clínica da paciente.

Como prevenir a mastite fora da amamentação?

Uma das maneiras de prevenir a mastite fora da amamentação está relacionada aos fatores de risco. Dessa forma, a perda de peso é um deles, já que a obesidade aumenta a predisposição à mastite, assim como o diabetes. Além disso, pacientes tabagistas devem parar de fumar. Por fim, caso a pessoa note qualquer mudança nos seios, acompanhada de dor, a recomendação é procurar imediatamente um médico mastologista, clínico geral  ou ginecologista e iniciar precocemente o tratamento, melhorando assim o prognóstico.

Apesar de a mastite não evoluir malignamente, pode comprometer a estética da mama e, dependendo do número de canais atingidos, prejudicar futuras amamentações

Fontes: Dr. Danilo Galante, urologista e membro da Sociedade Brasileira de Urologia; Dra. Maria Raris, clínica geral.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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