Jovens consultam o TikTok antes de recorrer a médico, aponta pesquisa

Saúde
27 de Dezembro, 2022
Jovens consultam o TikTok antes de recorrer a médico, aponta pesquisa

Se em um passado não muito distante as pessoas costumavam ter um médico de confiança, corta para 2022. Agora, a geração Z tem uma nova fonte de informação quando o assunto é saúde — o TikTok. De acordo com pesquisa da CharityRx, uma empresa norte-americana, 33% dos jovens consultam o TikTok antes de ir ao médico.

Inclusive, o mesmo percentual dispensa a consulta com um profissional e optam por seguir dicas dadas por influenciadores da rede social.

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Por que os jovens consultam o TikTok antes de ir ao médico?

A pesquisa foi feita com 2.000 pessoas nos Estados Unidos. Um a cada cinco participantes revelou que buscam o TikTok por motivos variados. Principalmente devido à acessibilidade (37%), preço (33%) e identificação (23%). Além disso, 17% alegou que sequer consideram uma opinião médica por medo de julgamento ou, ainda, por falta de recursos.

Outra fonte comum entre os respondentes é o YouTube, que é mais popular do que o TikTok. Ao todo, 44% dos norte-americanos buscam respostas e conselhos para seus problemas na plataforma de vídeos.

Ansiedade e depressão lideram entre as buscas

Se de forma geral o TikTok se tornou um ativo valioso entre os jovens, ao refinar as razões pelas quais eles utilizam a rede, a credibilidade da rede aumenta. Os tópicos “ansiedade”, “depressão” e “perda de peso” ampliam o uso da ferramenta.

Ou seja, 55% da geração Z se baseiam nas recomendações de influenciadores sobre ansiedade, enquanto 49% e 44% querem dicas sobre depressão e emagrecimento.

Por que a saúde de jovens e pessoas que consultam o TikTok e outras redes pode estar em risco

Embora a preocupação com a saúde seja algo positivo e desperte curiosidade sobre possíveis diagnósticos, utilizar as redes sociais como “médico pessoal” é um problema sério. A responsabilidade, no entanto, não é exclusiva dos pacientes.

“Parte das políticas de saúde deve envolver a educação. As pessoas precisam ter fácil acesso à informações de saúde confiáveis, e entender a importância do cuidado por um profissional, os riscos que correm ao recorrer para ‘autodiagnóstico’ e ‘automedicação’. Sem falar do risco de receber um prognóstico desfavorável ao se consultarem tardiamente”, opina Gustavo Caetano Giavarini, médico do time de Saúde da Vitat.

Portanto, o trabalho de conscientização precisa partir dos médicos e das autoridades do governo para acolher toda a população. Para ajudar nessa missão, listamos alguns perigos de tomar medicamentos por conta própria.

  • Todo medicamento tem potencial para dar início a um vício. Assim, o consumo desenfreado pode causar a hipocondria, condição em que a pessoa acredita que está sempre doente.
  • Ingerir um remédio sem a dosagem adequada pode provocar intoxicações (superdosagem), agravar a doença e dificultar o diagnóstico médico adequado.
  • Em altas doses, e por muito tempo, sem a indicação correta, o fármaco pode causar resistência do organismo à substância.
  • Armazenamento incorreto pode causar ineficácia do fármaco e os perigos já mencionados — intoxicação medicamentosa, por exemplo.
  • Por fim, crianças correm o risco de ingerir os medicamentos acidentalmente.

 

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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