Internações por Covid: duas a cada cinco são de crianças
O Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz, mostrou que duas a cada cinco internações por Covid-19 são de crianças a partir de julho. Em outras palavras, entre 14 de agosto e 10 de setembro, 678 menores de cinco anos foram hospitalizados devido ao coronavírus. No mesmo intervalo, 387 maiores de 60 anos precisaram ser internados.
Dessa forma, entende-se que o perfil de internações por Covid-19 tem sido diferente neste segundo semestre de 2022 com as hospitalizações infantis somando quase o dobro das que são vistas entre os idosos.
Assim, entre janeiro e junho deste ano, foram 7.809 internações entre os menores de cinco anos e 90.206 entre os maiores de 60 anos. Portanto, o público infantil correspondia a três a cada 50 hospitalizações por Covid-19 no primeiro semestre.
Entende-se, então, que as internações por Covid-19 diminuíram entre adolescentes, adultos e idosos conforme o avanço da vacinação contra o coronavírus. Todavia, esse ritmo está mais lento entre o público infantil embora a imunização contra a doença pandêmica já esteja liberada para os pequenos a partir dos três anos.
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Internações por Covid-19: qual é o cenário da vacinação infantil?
Em 13 de julho deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da CoronaVac para crianças de três a cinco anos. Mais tarde, o Ministério da Saúde integrou o imunizante para esse público no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Mesmo após três meses da liberação da vacina para os pequenos, sabe-se que apenas 2,5% deles foram protegidos contra o coronavírus com as duas doses da CoronaVac até o dia 23 de setembro. Logo, a jornada para a imunização infantil ainda dá os seus primeiros passos.
De acordo com o MS, o cronograma vacinal da CoronaVac para os menores é de duas doses com um intervalo de 28 dias entre elas. Diferente de outros, esse imunizante pediátrico tem a mesma composição do destinado aos adultos.
Já no dia 16 de setembro, a Anvisa aprovou o uso da vacina Pfizer para o público infantil de seis meses a quatro anos de idade. No entanto, o imunizante segue aguardando a aprovação do Ministério da Saúde e, consequentemente, a sua introdução ao PNI.
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