Importância de manter a vacinação da Covid-19 em dia

Saúde
06 de Março, 2023
Importância de manter a vacinação da Covid-19 em dia

Na última segunda-feira (27), postos de saúde de todo Brasil iniciaram a vacinação da Covid-19 com a vacina bivalente, da Pfizer. Assim, o objetivo é continuar protegendo os brasileiros contra os avanços da doença. No entanto, nem todo mundo tomou pelo menos as duas primeiras doses da vacina.

Tomar ao menos as duas primeiras doses da vacina significa por definição estar com o esquema vacinal primário completo. Isso porque ele é considerado o mínimo necessário para garantir a proteção individual e de todos os brasileiros. Ainda que o esquema completo inclua apenas as primeiras duas doses, especialistas recomendam manter toda a vacinação de Covid-19 em dia – tomando, inclusive, as doses de reforço que já foram recomendadas.

Agora, com a chegada da vacina bivalente da Pfizer, os grupos prioritários que estão com o ciclo vacinal completo já podem tomar a nova vacina. Ou seja, quem não tomou pelo menos duas doses, terá de completar esse ciclo primário para depois tomar a vacina bivalente.

“As pessoas estão com o ciclo vacinal completo tomando apenas as duas doses primárias da vacina contra Covid-19, mas recomendamos que toda a população tome também as doses de reforço adicionais. O ciclo vacinal que consideramos ideal para garantir a proteção do paciente inclui todas as doses: as duas iniciais e as de reforço”, enfatiza a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Além disso, Gouveia ressalta que as pessoas que não estão no grupo prioritário e não completaram o ciclo primário de vacinação devem terminar seu esquema vacinal com a vacina monovalente, já que esses imunizantes continuam evitando a doença grave e óbitos.

Risco de novas ondas

Uma pessoa que não completa o ciclo de vacinação, além de se colocar em risco (por não estar com a proteção considerada ideal), também contribui para que o vírus continue circulando e sofrendo mutações frequentemente. O aumento das mutações dá origem a novas variantes, algumas sem relevância, mas outras podem se tornar mais fortes e causar impactos importantes à saúde pública, com aumento de casos, da gravidade da doença, das internações ou da mortalidade.

Assim, mepois da vacinação há uma queda natural dos anticorpos que o organismo produziu induzido pelo imunizante e a pessoa pode se contaminar mesmo estando vacinada (só que de forma mais leve e até mesmo assintomática) e o vírus pode desencadear novas ondas de infecção (por isso, houve a necessidade de aplicações de doses de reforço).

Dessa maneira, o principal objetivo da vacina é fazer com que o organismo adquira uma espécie de “memória imunológica’”. Isso acontece por meio da introdução do agente patogênico (no caso, o coronavírus) para estimular o corpo a gerar uma resposta imune, produzindo anticorpos que reagem para combater o “invasor”.

Aplicação da vacina bivalente por grupos prioritários

27/02

  • Idosos acima de 70 anos;
  • Pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e seus trabalhadores;
  • Pacientes imunocomprometidos com mais de 12 anos (aqueles que vivem com HIV, transplantados, portadores de doença renal crônica em hemodiálise, pacientes que passaram por quimio ou radioterapia nos últimos seis meses, portadores de erros inatos da imunidade, entre outros);
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas com idade acima de 12 anos

6/3

  • Idosos na faixa dos 60 a 69 anos

20/3

  • Gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto)

17/4

  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente com mais de 12 anos;
  • População privada de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas;
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade.

Vacinação da covid-19 nos demais grupos

  • Crianças de seis meses a 4 anos recebem a vacina da Pfizer (aquelas na faixa entre 3 e 4 anos, podem receber também a Coronavac, sendo o reforço preferencialmente com a Pfizer);
  • Crianças de 5 a 11 anos recebem Pfizer ou CoronaVac, assim como adolescentes de 12 a 17 anos. O reforço também é preferencialmente com a Pfizer;
  • Adultos de 18 a 39 anos recebem Pfizer ou CoronaVac;
  • Adultos acima de 40 anos podem receber Pfizer, CoronaVac, AstraZeneca ou Janssen.

Leia também: Vacina bivalente contra Covid: aplicação começa hoje para grupos prioritários

Esquema de vacinação da covid-19 está completo 

  • 6 meses a 4 anos: 3 doses da Pfizer
  • 3 a 4 anos: 3 doses da Pfizer ou 2 doses da CoronaVac mais um reforço, preferencialmente da Pfizer
  • 5 a 11 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da CoronaVac, com reforço preferencialmente da Pfizer
  • 12 a 17 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da CoronaVac, com reforço preferencialmente da Pfizer
  • 18 a 39 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da CoronaVac, com reforço preferencialmente da Pfizer
  • 40 a 59 anos: 2 doses de Pfizer, CoronaVac, AstraZeneca, Janssen com 2 doses de reforço, sendo a segunda preferencialmente com Pfizer

Fonte: Agência Einstein

Leia também:

Bem-estar Saúde

Como ter mais saúde com a Vitat?

Cuidar mais da saúde é uma das principais metas que as pessoas definem para o próximo ano. Para isso, diversas ferramentas podem ajudar, como o aplicativo

foto de Anderson Leonardo, do Molejo
Saúde

Câncer inguinal: entenda a doença que matou Anderson Leonardo, cantor do Molejo

O cantor Anderson, vocalista do grupo Molejo, morreu nesta sexta-feira, aos 51. Ele estava internado desde o dia 24/03 e tratava um câncer inguinal.

Tipos de gordura
Alimentação Bem-estar Saúde

Tipos de gordura: quais você deve evitar e consumir?

A OMS recomenda que a alimentação diária contenha 30% de gorduras. Veja quais priorizar!