Vacina bivalente contra Covid: aplicação começa hoje para grupos prioritários

Saúde
27 de Fevereiro, 2023
Vacina bivalente contra Covid: aplicação começa hoje para grupos prioritários

A aplicação da vacina bivalente da Pfizer contra a Covid-19 começa nesta segunda-feira (27). O novo imunizante protege contra a cepa original do coronavírus e também contra a variante ômicron.

De acordo com o Ministério da Saúde, as doses ainda estão em processo de aquisição. Portanto, a vacinação será implementada de forma escalonada e gradativa à medida que elas estejam disponíveis. Entenda mais.

Leia mais: Vacinas bivalentes contra Covid: como funcionam e protegem da ômicron

Como será a aplicação da vacina bivalente contra a Covid?

Por enquanto, apenas os grupos prioritários receberão a vacina bivalente contra a Covid. No caso dos grupos que não são prioritários, a estratégia do Governo Federal prevê, pelo menos por enquanto, a aplicação apenas das vacinas monovalentes.

Desse modo, a recomendação é completar o esquema primário (2 ou 3 doses, dependendo da idade) mais o reforço. O modelo já estava disponibilizado no país com os imunizantes da Pfizer, AstraZeneca, Janssen e CoronaVac. O objetivo é atingir 90% da população-alvo, isto é, todos com idades entre 6 meses e 59 anos que não se vacinaram ou não completaram o esquema. As vacinas infantis também estão em processo de aquisição.

“Quem não está no grupo prioritário deve terminar seu esquema vacinal com a monovalente, já que essas vacinas continuam evitando a doença grave e óbitos”, enfatiza a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Agora, para receber o reforço com a bivalente, aqueles que estiverem no grupo prioritário (leia mais abaixo as datas previstas) devem ter completado o ciclo primário com pelo menos duas doses da monovalente. O reforço com a bivalente poderá ser aplicado somente naqueles que receberem a última dose há mais de 4 meses.

Detalhes sobre a vacina bivalente contra Covid

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante da Pfizer se mostrou seguro. Desse modo, os efeitos adversos mais comuns são dor de cabeça, dor muscular, febre, dor no local da vacina, diarreia e fadiga. Alguns estudos observaram um risco um pouco aumentado de miocardite em adolescentes meninos, mas em geral foram casos leves. O risco dessa complicação se mostrou maior para quem contrai a própria doença.

As vacinas de vetor viral, como as da AstraZeneca e da Janssen, estiveram associadas a risco de raríssimos casos de um tipo de trombose, especialmente após a primeira dose e em pessoas mais jovens. Por isso, a Câmara Técnica optou por recomendar o uso dessas vacinas em adultos acima de 40 anos. No entanto, pessoas na faixa dos 18 aos 39 anos podem recebê-las em caso de indisponibilidade. Além disso, elas são contraindicadas para quem teve histórico de trombose após qualquer vacina.

Vacina bivalente contra a Covid: datas de aplicação

Veja a previsão para a aplicação da vacina bivalente por grupos prioritários (vale confirmar as datas em cada município):

27/02

  • Idosos acima de 70 anos;
  • Pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos, bem como seus trabalhadores;
  • Pacientes imunocomprometidos com mais de 12 anos. Isto é, aqueles que vivem com HIV, transplantados, portadores de doença renal crônica em hemodiálise, pacientes que passaram por quimio ou radioterapia nos últimos seis meses, portadores de erros inatos da imunidade, entre outros;
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas acima de 12 anos.

06/3

  • Idosos na faixa dos 60 a 69 anos.

20/3

  • Gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto).

17/4

  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente com mais de 12 anos;
  • População privada de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas;
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade.

Vacinação nos demais grupos com a vacina monovalente (a partir de hoje):

  • Crianças de seis meses a 4 anos recebem a vacina da Pfizer;
  • Aquelas na faixa entre 3 e 4 anos, podem receber também a Coronavac, sendo o reforço preferencialmente com a Pfizer;
  • Crianças de 5 a 11 anos recebem Pfizer ou Coronavac, assim como adolescentes de 12 a 17 anos. Além disso, o reforço também é preferencialmente com a Pfizer;
  • Adultos de 18 a 39 anos recebem Pfizer ou Coronavac;
  • Adultos acima de 40 anos podem receber Pfizer, Coronavac, AstraZeneca ou Janssen.

Veja, abaixo, se o seu esquema vacinal está completo de acordo com a faixa etária:

  • 6 meses a 4 anos: 3 doses da Pfizer;
  • 3 a 4 anos: 3 doses da Pfizer ou 2 doses da Coronavac mais um reforço, preferencialmente da Pfizer;
  • 5 a 11 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da Coronavac, com reforço preferencialmente da Pfizer;
  • 12 a 17 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da Coronavac, com reforço preferencialmente da Pfizer;
  • 18 a 39 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da Coronavac, com reforço preferencialmente da Pfizer;
  • 40 a 59 anos: 2 doses de Pfizer, Coronavac, Astrazeneca, Janssen com 2 doses de reforço, sendo a segunda preferencialmente com Pfizer.

Fonte: Agência Einstein.

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