Hepatite D (delta): o que é, sintomas, riscos, tratamento e mais

Saúde
27 de Julho, 2023
Hepatite D (delta): o que é, sintomas, riscos, tratamento e mais

As hepatites mais conhecidas são as do tipo A, B e C. Mas, você sabia que a doença também possui as versões D e E? Neste artigo, falaremos sobre a hepatite D, ou delta, que a infecção mais perigosa de todas.

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O que é e quais são as causas da hepatite D?

A hepatite D possui relação com a presença do vírus B da hepatite para causar a infecção e inflamação das células do fígado. Existem duas formas de infecção. A primeira é a coinfecção simultânea com o tipo B; a outra é e superinfecção do HDV em um indivíduo com hepatite B crônica.

“Por estarem associados com o vírus da hepatite B e potencialmente aumentarem o risco de desenvolvimento de câncer, é fundamental que a população esteja atenta à prevenção. Isso envolve tanto a busca por imunizantes contra hepatite B como o uso de preservativos em relações sexuais. Afinal, a transmissão desse vírus ocorre tradicionalmente por via sexual”, explica João Renato Rebello Pinho, coordenador-médico do Setor de Pesquisa e Desenvolvimento do Laboratório Clínico do Einstein.

Sintomas

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença do tipo D se comporta da mesma forma que as demais. Ou seja, não apresenta sintomas ou sinais de forma geral. Contudo, alguns indivíduos podem sentir desconfortos genéricos:

  • Cansaço.
  • Enjoo ou vômitos.
  • Febre e dor abdominal.
  • Urina escura e fezes claras.
  • Tontura.

O único sintoma específico da doença, que indica alterações no fígado são os olhos e pele amarelados.

Formas de contrair a hepatite delta

Além do sexo desprotegido com uma pessoa infectada, a hepatite D ocorre de outras maneiras. São elas:

  • De mãe contaminada para o bebê durante a gestação e parto.
  • Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas e cachimbos, por exemplo).
  • Dividir produtos de higiene pessoal: lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos cortantes.
  • Contato com instrumentos cirúrgicos, de tatuagem, piercing e manicure sem a assepsia adequada.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é basicamente sorológico, realizado por meio de técnicas que pesquisam anticorpos contra os vírus (IgG e IgM) no sangue do paciente. Em algumas situações podem ser necessários testes moleculares (PCR) que pesquisam no sangue o material genético do vírus. O tratamento é variável, conforme o tipo.

A hepatite A, por exemplo, desaparece sem deixar sequelas; já as hepatites B graves e C geralmente são tratadas com medicamentos antivirais específicos que combatem cada um dos vírus. Para as hepatites A e B, já existem vacinas eficazes no combate à doença.

Incidência da hepatite delta no Brasil

No Brasil, os casos se concentram na região Norte do país, com um acumulado de 73,7% das ocorrências, segundo levantamento do Sinan.

Em todo o território nacional, a infecção afeta menos de 1% da população. Embora seja mais rara, requer cuidados para não se agravar.

Por que a doença é grave?

“O vírus delta costuma ser mais perigoso, já que ele ocasiona casos de hepatite crônica mais intensos. Frequentemente, podem evoluir para cirrose e câncer de fígado. Portanto, é fundamental que as pessoas tenham conhecimento de sua existência para se prevenir corretamente”, alerta Pinho.

Prevenção da hepatite D

Evitar os fatores de risco é um meio de prevenção eficaz. Entretanto, é possível se vacinar contra a hepatite B para garantir a exposição ao vírus.

 

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