Os hábitos que podem aumentar 20 anos de vida, segundo estudo

Saúde
30 de Agosto, 2023
Os hábitos que podem aumentar 20 anos de vida, segundo estudo

É sabido que uma vida permeada de hábitos saudáveis pode melhorar a qualidade de vida e, consequentemente, a longevidade. Mas um novo estudo feito por cientistas de Harvard e de outras instituições mapeou hábitos que podem aumentar 20 anos de vida ou mais.

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Quais são os hábitos que podem prolongar nossa expectativa de vida?

Os pesquisadores avaliaram o impacto de oito hábitos de vida na mortalidade e na longevidade:

  • Praticar atividade física.
  • Manter uma dieta saudável.
  • Não fumar.
  • Não consumir álcool em excesso.
  • Controlar o estresse.
  • Adotar uma boa higiene do sono.
  • Cultivar relacionamentos saudáveis.
  • Evitar o vício em opioides (medicamentos associados a muitos casos de dependência nos EUA).

O time analisou informações de mais de 700 mil pacientes entre 2011 e 2019, que faziam parte do Million Veteran Program, um amplo estudo americano com adultos entre 40 e 99 anos.

Os dados mostraram que homens que seguiam os oito hábitos por volta dos 40 anos tinham uma expectativa de vida até 24 anos maior em comparação àqueles que não adotavam nenhum deles. No caso das mulheres, o ganho foi de 21 anos. De forma geral, a adoção desse estilo de vida saudável resultou em uma redução de 13% na mortalidade por qualquer causa.

Os impactos negativos mais relevantes estavam associados ao sedentarismo, uso de opioides e tabagismo. Tais fatores aumentavam o risco de morte entre 30% e 45%. O estresse exagerado, consumo excessivo de álcool, dieta inadequada e maus hábitos de sono elevavam a taxa de mortalidade em 20%.

Aumento da expectativa de vida nem sempre é sinônimo de saúde

As doenças crônicas representam cerca de 80% dos custos em saúde e constituem a principal causa de morbimortalidade nos Estados Unidos. “Nas últimas décadas, observamos um aumento na expectativa de vida em todo o mundo. Mas isso nem sempre vem acompanhado de qualidade de vida. Por isso, é tão importante estudar quais são os fatores protetores e como eles contribuem para uma melhor qualidade de vida”, afirma a nutricionista Simone Fiebrantz Pinto, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

“Os dados do estudo mostram que as pessoas devem fazer uma autoavaliação para saber o que devem continuar fazendo e o que podem modificar. Estabelecendo metas de curto, médio e longo prazo, reais e possíveis, até que isso se torne um hábito”, completa a especialista.

Hábitos saudáveis precoces trazem mais anos de vida

Quanto mais hábitos saudáveis uma pessoa adotar e quanto mais cedo ela começar, melhores serão os resultados. “Mas nunca é tarde”, enfatiza Fiebrantz Pinto. De fato, o estudo demonstra que mesmo a incorporação de um único hábito saudável é capaz de aumentar a expectativa de vida em 5 anos. Esse benefício, embora menor, também se nota em indivíduos mais idosos.

Para garantir a saúde, a atividade física deve incluir exercícios de força, além dos aeróbicos. A musculação ajuda a manter a força e o tônus, que vai se perdendo com a idade. “Em relação à dieta, vale lembrar da importância de consumir a quantidade adequada de proteínas, que vai ajudar a manter os músculos”, fala a nutricionista.

No entanto, o estresse é mais subjetivo. É essencial identificar se a pessoa está se sentindo mais cansada, desanimada ou irritada, se o estresse é algo momentâneo ou se está se prolongando ao longo do tempo. Sabe-se que o excesso do problema impacta todos os aspectos da vida.

“A pessoa acaba comendo mal, dormindo mal e deixando de se exercitar”, avalia a especialista. Além disso, a qualidade do sono deficiente tem relação com diversos problemas de saúde, desde a obesidade até a demência.

“Cada um deve encontrar uma estratégia para lidar com a tensão como, por exemplo, usar técnicas de respiração, meditação, atividade física, higiene do sono. E, também, cultivar bons relacionamentos sempre”, finaliza Fiebrantz Pinto.

 

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