Gripe A: descubra os sintomas, tratamento e como prevenir
A gripe A pode confundir muitas pessoas que sentem sintomas como tosse, febre, coriza ou dor no corpo, por exemplo. Por isso, para saber identificar essa doença, entender o tratamento e saber quando é necessário tomar a vacina, conversamos com um especialista no assunto para explicar mais sobre o assunto. Confira!
Leia mais: Resfriado, influenza ou COVID-19? Saiba diferenciá-los
O que é a gripe A?
De acordo com o bacteriologista, bioquímico e diretor técnico do LANAC (Laboratório de Análises Clínicas), Marcos Kozlowski, a “gripe A é a gripe causada pelo vírus Influenza A e pode ter vários subtipos”.
Também conhecida como gripe suína, é resultante da união de material genético de cepas da gripe humana, aviária e suína. Em 2009, esse material genético extrapolou a barreira de espécies animais e passou a atingir os seres humanos. Dessa forma, atingiu diversas regiões no planeta. O primeiro caso surgiu no México, depois nos Estados Unidos, Espanha, Canadá e outros países, incluindo o Brasil.
Posteriormente, por conta da disseminação global do vírus, a Organização Mundial da Saúde alertou as autoridades, que por sua vez passou a monitorar e tomar as medidas necessárias, além de iniciar os tratamentos dos casos e buscar a viabilização de vacina, evitando assim uma possível pandemia.
Leia mais: Influenza e Covid-19: Transmissão e prevenção são as mesmas
Sintomas da gripe A
O especialista em bacteriologia, Marcos Kozlowski, alerta sobre os possíveis sintomas, que são os mesmos de várias síndromes respiratórias. Segundo eles, os principais são tosse, febre, dor no corpo, espirros, prostração (ficar sem forças e sem ânimo), dificuldades para respirar, coriza e mal-estar geral.
Além desses sintomas, esse subtipo de gripe causada pelo vírus Influenza A também pode causar dor de cabeça constante, dor nas articulações e nos músculos, falta de apetite, calafrios frequentes, náuseas, vômitos e diarreia. Por essa razão, é importante se atentar aos sintomas apresentados para que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico.
Como ocorre a transmissão?
Segundo o especialista em bacteriologia, a transmissão da gripe A acontece de duas maneiras. A primeira ocorre quando uma pessoa contaminada fala, espirra ou tosse. A outra forma, por sua vez, ocorre de forma indireta. Isso porque se dá por meio das mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um infectado, carregam o vírus para a boca, nariz e olhos.
Além disso, é importante saber que uma pessoa infectada pode transmitir o vírus da Influenza A entre um dia antes da infecção até sete após aparecerem os primeiros sintomas. “O período de maior risco de contágio é quando há sintomas, sobretudo febre”, reforça Kozlowski.
Como saber se é gripe A?
Muitas pessoas que apresentam alguns dos sintomas de gripe têm dúvidas e não sabem identificar se estão ou não com gripe A. Por isso, o bacteriologista Marcos Kozlowski indica a realização do teste laboratorial para identificar qual o tipo de gripe. Dessa forma, existem alguns tipos de testes para diagnóstico dos subtipos de gripe:
- Teste rápido para influenza A e B: é oferecido em laboratórios médicos. Sua coleta pode ser realizada pela via nasal ou pelo raspado de orofaringe (zona posterior da boca). Geralmente, deve ser feito até o terceiro dia de doença. Esse teste é capaz de diagnosticar todos os subtipos circulantes de influenza A (H1N1 e H3N2), embora não os diferencie.
- Teste molecular para detecção de influenza A: esse teste também coleta pela via nasal ou pelo raspado de orofaringe e deve ser realizado até o terceiro dia do surgimento dos sintomas. O teste molecular é realizado, preferencialmente, quando há suspeita de influenza e é capaz de detectar todos os subtipos circulantes de influenza A (H1N1 e H3N2).
Logo após o diagnóstico da doença, o bacteriologista recomenda que o infectado procure um médico para iniciar o tratamento adequado.
Medidas de prevenção contra a gripe A
Existem alguns cuidados que podem ser realizados para evitar a gripe A. De acordo com o especialista Marcos Kozlowsk, as precauções são as mesmas usadas contra a COVID-19:
- Boa alimentação.
- Manter os locais ventilados, evitando aglomerações e locais fechados.
- Lavagem das mãos com água e sabão, além do uso de álcool 70% em gel.
- Utilização de máscaras, preferencialmente PFF2.
- Evitar tocar os olhos e a boca constantemente.
- Não compartilhar objetos pessoais, mas, caso isso ocorra, higienizá-los após o uso.
- Aderir à vacinação contra a influenza.
Além desses cuidados contra a gripe, procure realizar exercícios físicos para reforçar a imunidade e não se esqueça de manter uma dieta balanceada para fortalecer o organismo.
Quando tomar a vacina?
Assim como é importante tomar a vacina contra a Covid-19, outras vacinas não podem ser negligenciadas. É o caso do imunizante contra a gripe causada pelo vírus Influenza A.
De acordo com o especialista em bacteriologia, a época de maior incidência de gripe normalmente é nos meses mais frios, portanto, o ideal é realizar a vacinação entre os meses de março e abril.
Porém, quem não tomou a dose da vacina contra a gripe nos períodos de divulgação da vacinação pode tomar o imunizante da gripe A, além de seguir as medidas de prevenção contra o vírus Influenza.
Pode acontecer uma pandemia de gripe A no Brasil?
O medo de muitas pessoas que sofreram e ainda sofrem com a pandemia causada pela Covid-19 é o surgimento de uma nova crise pandêmica causada pela gripe A.
Porém, Marcos Kozlowski, diretor técnico do LANAC, alerta que a classificação de uma pandemia surge quando ocorre uma doença em vários países do mundo e deve ser determinada pela OMS.
“No Brasil, podemos ter surtos de uma determinada doença, no caso da gripe. Surto é quando temos um aumento do número de casos de uma doença em um determinado local ou até uma região. E epidemia é quando ocorre um grande aumento de número de casos de uma doença em um estado ou país. Isso é determinado pela avaliação das autoridades sanitárias”, finaliza o especialista em bacteriologia.
Leia mais: Agende sua vacina contra a gripe
Fonte: Marcos Kozlowski, especialista em bacteriologia, bioquímico e diretor técnico do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas.