Cientistas identificam gene que impede o ganho de peso

Alimentação Bem-estar
09 de Junho, 2020
Cientistas identificam gene que impede o ganho de peso

Um gene que impede o ganho de peso: será possível? Cientistas austríacos descobriram que sim. Uma alimentação nutritiva e balanceada e uma rotina consistente de exercícios são a receita ideal para o emagrecimento. Entretanto, em um recente estudo, foi revelado há pessoas que possuem um gene que previne que elas ganhem peso em excesso.

Gene x ganho de peso

Basicamente, cientistas da Universidade de Viena descobriram, com base nos dados genéticos de mais de 47 mil pessoas entre 20 e 44 anos de idade, que existe um gene específico que mantém o corpo sempre em forma.

O gene está relacionado à resistência a engordar em pessoas metabolicamente saudáveis. Assim, tal gene atua na regulação do gasto energético do organismo, ou seja, a queima de calorias. E é o gasto calórico que determina o ganho (superávit calórico) ou a perda de peso (déficit calórico). Por fim, essa é a explicação para aquelas pessoas que se mantêm magras mesmo quando saem da dieta. Por isso, há quem tenha mais dificuldade (ou facilidade) para engordar.

Como foi a pesquisa

“Todos conhecemos essas pessoas: é cerca de um por cento da população”, diz um dos autores da pesquisa, Josef Penninger. “Elas podem comer o que quiser e serem metabolicamente saudáveis. Comem muito, não fazem agachamentos o tempo todo, mas simplesmente não ganham peso.”

“Todo mundo estuda obesidade e a genética da obesidade”, diz ele. “Pensamos: ‘Vamos mudar isso e começar um novo campo de pesquisa.’ Vamos estudar a magreza”.

Assim, a equipe comparou amostras de DNA e dados clínicos de indivíduos magros saudáveis ​​com indivíduos com peso normal e descobriu variantes genéticas únicas para indivíduos magros no gene ALK. A função do ALK permanece incerto. Mas, essa nova descoberta sugeriu que o gene pode desempenhar um papel como um novo gene de magreza envolvido na resistência ao ganho de peso.

Além disso, os pesquisadores também descobriram que moscas e camundongos sem ALK permaneciam magros e eram resistentes à obesidade induzida pela dieta. Dessa maneira, apesar de terem os mesmos níveis de alimentação e atividade que os ratos normais, os ratos com ALK excluído apresentam menor peso e gordura corporal. Os estudos com ratos também sugeriram que o ALK, que é altamente expresso no cérebro, desempenha um papel, instruindo os tecidos adiposos a queimar mais gordura dos alimentos.

Os pesquisadores dizem que a terapêutica direcionada ao gene pode ajudar os cientistas a combater a obesidade no futuro. “Poderíamos inibir a ALK e, na verdade, tentaremos fazer isso no futuro”. Mais pesquisas serão necessárias para verificar se esses inibidores são eficazes para essa finalidade. A equipe também planeja estudar como os neurônios que expressam ALK regulam o cérebro em um nível molecular para equilibrar o metabolismo e promover a magreza.

Leia também: Dieta do metabolismo rápido: O que é e como fazer

Sobre o autor

Nathália Lopes
Estagiária de Jornalismo

Leia também:

mulher praticando atividade física ao ar livre e suando
Bem-estar Movimento

Suar emagrece? Entenda se a transpiração ajuda a perder calorias

Suar demais realmente significa que você está perdendo peso? Descubra

foto mostra uma xícara de chá vazia com paus de canela ao lado em cima de um prato
Alimentação Bem-estar

É termogênico e ajuda no equilíbrio da glicemia e do colesterol; veja benefícios do chá de canela

A bebida é uma ótima opção para esquentar o corpo — muitos afirmam, ainda, que ela emagrece

farinha de beterraba
Alimentação Bem-estar

Farinha de beterraba: benefícios e como incluir na dieta

Pode prevenir doenças cardiovasculares, melhorar o aporte de fibras e ainda ajudar a aumentar a performance esportiva