Fim da quimioterapia: Kate Middleton encerra tratamento

Saúde
10 de Setembro, 2024
Bárbara Shibuya Alves
Revisado por
Enfermeira • Coren-SP 752311
Fim da quimioterapia: Kate Middleton encerra tratamento

Kate Middleton anunciou na última segunda-feira (09) o fim do seu tratamento de quimioterapia. Por meio de um vídeo, compartilhado nas redes sociais do Palácio de Kensington, a princesa de Gales relatou que viveu momentos desafiadores, mas que agora está focada na sua recuperação.

“Não posso dizer a vocês o alívio que é finalmente encerrar meu tratamento. Os últimos nove meses foram incrivelmente difíceis para nós como família. A vida como você a conhece pode mudar em um instante e tivemos que encontrar uma forma de navegar nessas águas agitadas. A jornada do câncer é complexa, assustadora e imprevisível para todos, especialmente para as pessoas mais próximas de você”, afirma.

Leia mais: Kate Middleton faz quimioterapia contra câncer: entenda o tratamento

Fim da quimioterapia: Kate Middleton está livre do câncer?

Segundo o Palácio de Kensington, o fim da quimioterapia é um marco importante, entretanto ainda não é possível determinar se a princesa de Gales está livre do câncer.

No início deste ano, durante exames de rotina que identificaram alterações suspeitas, Kate descobriu a neoplasia. Logo após o diagnóstico, ela passou por um procedimento cirúrgico no abdome. A princesa, em seguida, anunciou que estava se submetendo a um processo de “quimioterapia preventiva” para tratar um tipo de câncer não revelado.

“Em janeiro, eu passei por uma grande cirurgia abdominal e na ocasião pensou-se que minha condição não era de câncer. A cirurgia foi bem-sucedida, no entanto exames após a operação mostraram que havia câncer. Minha equipe médica aconselhou que eu me submetesse a uma quimioterapia preventiva, e agora estou nos estágios iniciais desse tratamento”, contou naquele período.

O que é quimioterapia?

O tratamento quimioterápico consiste basicamente na utilização de medicamentos que tem por missão eliminar as células cancerosas e impedir que elas se espalhem e se multipliquem no organismo.

De acordo com a Dra. Mariana Laloni, oncologista e Diretora Médica Técnica da Oncoclínicas, dentre as diversas finalidades de indicação da quimioterapia, o especialista irá avaliar o tipo do tumor, tamanho, localização, se existem ou não metástases, idade do paciente, estado geral de saúde, medicamentos em uso e histórico. Depois de obter todas as respostas, o tratamento adequado será indicado ao paciente, podendo ou não ser adotadas estratégias combinadas a outras alternativas terapêuticas.

Entre as finalidades do uso deste tipo de medicação, estão:

  • Quimioterapia curativa: na tentativa de curar o câncer completamente;
  • Quimioterapia neoadjuvante: feita antes ou associada a outros tratamentos, para deixá-los ainda mais eficazes. Aqui, o objetivo da quimioterapia é “encolher” o tumor para potencializar o efeito da radioterapia ou da cirurgia;
  • Quimioterapia adjuvante: feita após a cirurgia ou a radioterapia, como forma de evitar a recidiva (retorno) do câncer; e
  • Quimioterapia paliativa: Se a cura não for possível, a quimioterapia pode ser realizada para o alívio dos sintomas do câncer.

Avanços no tratamento

A médica lembra que os avanços científicos no combate ao câncer garantem atualmente um vasto leque de possibilidades para os pacientes oncológicos, que serão definidas a partir de avaliações do perfil da doença de cada indivíduo, de forma cada vez mais personalizada. “Precisamos lembrar que existe um arsenal de estratégias médicas possíveis, a maioria delas muito avançadas e com altas taxas de cura. Cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapias alvo são alguns dos pilares de tratamento que mudaram o panorama de uma doença que, no passado, já foi tão temida”, comenta.

Falta de informação e tabus podem prejudicar diagnóstico e tratamento do câncer

Para Mariana Laloni, mesmo com os avanços e casos de cura, ainda existe um grande desafio em desmistificar o diagnóstico de câncer e tratamentos para a doença. “Temos a obrigação de informar corretamente e preservar a individualidade dos pacientes, sejam pessoas públicas ou indivíduos comuns. Médicos, profissionais de saúde, jornalistas e pacientes devem entender que informar com precisão é uma prestação de serviço e significa cuidado”, comenta.

A oncologista acrescenta ainda que casos como esse, podem gerar ainda mais desinformação e tabus quando não abordados da maneira correta. “Isso expõe pessoas públicas e demais pacientes, que acabam passando por um sofrimento desnecessário. E em nada contribui para a informação adequada e correta que pode salvar vidas”, enfatiza.

Fonte: Dra. Mariana Laloni, oncologista e Diretora Médica Técnica da Oncoclínicas.

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