Casos de febre do papagaio (psitacose) crescem na Europa
No último dia 5 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um comunicado em seu site oficial falando sobre o aumento nos casos de psitacose (conhecida como febre do papagaio) em alguns países da Europa nos últimos meses.
De acordo com o órgão de saúde, entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024, Áustria, Dinamarca, Alemanha, Suécia e Holanda reportaram 90 diagnósticos da doença, incluindo cinco mortes.
“Os países em questão implementaram investigações epidemiológicas para identificar potenciais exposições e grupos de risco. Além disso, as medidas tomadas incluem a análise de amostras de aves selvagens submetidas a testes de gripe aviária para verificar a prevalência de C. psittaci. A OMS continua a acompanhar a situação e, com base nas informações disponíveis, avalia como baixo o risco deste evento”, disse o documento.
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Saiba mais sobre a condição:
Afinal, o que é a psitacose (febre do papagaio)?
Trata-se de uma infecção respiratória causada pela Chlamydophila psittaci. A bactéria geralmente vive em aves, apesar de ser também encontrada em alguns mamíferos e répteis. A transmissão para humanos ocorre quando há o contato com penas e excrementos de pássaros infectados, principalmente aqueles domésticos e de criadouros.
Em geral, a psitacose é uma doença leve, com sintomas que incluem febre e calafrios, dor de cabeça, dores musculares, tosse seca, fadiga e perda de apetite. A maioria das pessoas começa a desenvolver sinais e sintomas cinco a 14 dias após a exposição à bactéria.
O tratamento imediato com antibióticos é eficaz e permite evitar complicações como pneumonia. Com o manejo adequado, a psitacose raramente (menos de um a cada 100 casos) resulta em morte.
Para prevenir o problema, criadores e donos de aves podem se proteger evitando o contato com a poeira das penas e das jaulas de animais doentes. Além disso, recomenda-se que os pássaros importados sejam tratados com antibióticos adequados por pelo menos 45 dias.
Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS) e Manual MSD.