Erros na alimentação que colocam em risco a sua saúde

Alimentação Bem-estar
09 de Setembro, 2019
Erros na alimentação que colocam em risco a sua saúde

Não é novidade que alimentos saudáveis ​​costumam ser mais caros do que aqueles com pouco valor nutricional. Mas, esse custo pode ter um valor ainda mais alto quando refletido em nossa saúde. Um novo e chocante relatório publicado na revista  especializada em medicina norte-americana The Lancet afirma que até um quinto das mortes em todo o mundo estão ligadas à alimentação ruim.

O estudo explica que, globalmente, 11 milhões de mortes em 2017 foram associadas a péssimo hábitos alimentares. Doenças cardiovasculares, certos tipos de câncer e diabetes tipo 2 estavam entre as principais causadoras dessas mortes.

A nutrição se destaca como uma das áreas da saúde pública que piorou drasticamente durante o século XXI no mundo todo. Embora muitos fatores influenciem o crescente número de mortes relacionadas à alimentação, o relatório enfatiza a importância de três recomendações nutricionais que são ignoradas com muita frequência. Também ressalta a necessidade de eliminar três categorias de alimentos que comemos regularmente. Aqui estão os maiores erros de dieta que levam a mortes em todo o mundo: 

Não comer sementes e oleaginosas

Os maiores déficits no consumo ideal foram observados para oleaginosas e sementes, de acordo com um comunicado de imprensa do relatório. Segundo o estudo, deve-se ingerir diariamente 21 gramas desses alimentos, enquanto a média de consumo não tem passado de 3 gramas. 

O grupo das oleaginosas é formado por sementes e grãos ricos em óleo, como nozes, castanhas, pistache, avelãs e amêndoas. O tipo de gordura encontrada nesses alimentos é um dos queridinhos da alimentação saudável: trata-se da gordura insaturada, fonte importante de energia e cheia de benefícios para o nosso corpo. Esses lipídios elevam o colesterol bom (HDL) e reduzem o colesterol ruim, o que ajuda a prevenir doenças do coração. 

Em geral, esses alimentos ainda contêm perfis de proteína, fibras solúveis e insolúveis, vitaminas E e K, cálcio, minerais como magnésio, cobre, potássio e selênio, e substâncias como carotenóides e antioxidantes. “O consumo regular de oleaginosas tem impacto benéfico na saúde e pode ajudar na redução de doenças crônicas, como estresse oxidativo, inflamação, gordura visceral, hiperglicemia e resistência à insulina”, enumera Adriana Stavro, nutricionista e membro da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN).

Leia também: Oleaginosas: um ranking com as opções mais saudáveis

Evitar produtos lácteos integrais 

Apesar de ser um assunto polêmico nas dietas, principalmente pelo alto índice de industrialização, por serem fontes de alergias e intolerâncias, o estudo sinalizou que derivados lácteos integrais podem diminuir os níveis de mortalidade em geral e diminuir os riscos de doenças cardiovasculares.

Globalmente, consumimos apenas 16% da quantidade recomendada de leite e derivados, de acordo com o novo estudo. A quantidade diária recomendada, porém, foi fixada em 435 gramas.

Comer muito poucos grãos integrais

A ingestão média diária é de 29 gramas, mas devemos receber 125 gramas por dia, diz o estudo. Os benefícios potenciais de ingerir grãos integrais suficientes incluem um risco reduzido de doenças cardíacas, melhor saúde digestiva e o controle de peso. 

Coloque esses alimentos em sua dieta quando puder para aumentar a quantidade de grãos integrais que você está consumindo: arroz integral, cevada, aveia, pão integral, macarrão integral e pipoca.

Leia também: O que são carboidratos refinados

Consumir muito sal, açúcar e alimentos processados 

O consumo exagerado de bebidas industrializadas adoçadas, como o refrigerante, pode levar ao ganho de peso, diabetes e cáries. A versão diet também não é boa: está associado a um risco aumentado de derrame, ataque cardíaco, demência e, contra-intuitivamente, ganho de peso. 

“Quando consumidos em pequenas quantidades eles não causam prejuízo à saúde, mas quem ingere muito industrializado ou usa adoçante em tudo comete um grave engano, pois todos em excesso fazem mal, até mesmo os naturais”, informa Fabiana Nalon, Mestre e pesquisadora de Doutorado em Nutrição Humana pela Universidade de Brasília (UnB).

Já o excesso de sódio pode causar pressão alta, derrames e ataques cardíacos, e a carne processada pode aumentar suas chances de ter diabetes, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer.

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