Endometriose: O que é e como tratar com ajuda da alimentação

Alimentação Bem-estar Saúde
28 de Fevereiro, 2022
Endometriose: O que é e como tratar com ajuda da alimentação

A primeira menstruação marca um novo ciclo para a mulher (ou a menina). Assim, ter uma nova rotina de higiene, precisar carregar absorventes na bolsa, usar a compressa de água quente com frequência e sentir uma enxurrada de novos hormônios, sensações e sintomas são algumas mudanças vividas por elas. Mas quando a cólica é incapacitante, pode ser um sinal de alerta para a endometriose, doença que apesar de ocorrer no sistema reprodutivo, é muito afetada pela nossa alimentação.

Por isso, neste sétimo episódio da segunda temporada do podcast De bem com você, da Vitat, a ginecologista Bárbara Murayama e a nutricionista Juliana Gropp conversam com Cris Dias e tiram dúvidas para auxiliar mulheres que sofrem da doença. Portanto, não perca:

Conheça as convidadas

endometriose e alimentação

Bárbara Murayama é médica ginecologista especialista em miomas, endometriose e cirurgia minimamente invasiva. Além disso, ela é professora de yoga, e fala sobre como a prática pode contribuir para a saúde e a qualidade de vida da mulher em sua página do Instagram.

Juliana Gropp é nutricionista formada pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Especializada em nutrição nas doenças crônicas não-degenerativas e em nutrição clínica. Ademais, possui título de especialista em terapia nutricional pela Brazilian Society of Parenteral and Enteral Nutrition (BRASPEN) e em fitoterapia pela Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN).

Endometriose e alimentação: Entenda a doença

A endometriose é uma doença que atinge cerca de 10% das mulheres brasileiras e que pode levar a complicações se não tratada adequadamente. O problema? Muitas vezes, ela é uma inimiga invisível e passa despercebida por muitos anos.

“É uma condição feminina que acomete uma em cada dez mulheres no mundo. Nela, a camada interna do útero (endométrio) está em outros lugares do corpo (qualquer região). E onde o endométrio fica, ele gruda, inflama, responde aos hormônios mensalmente (como se fosse menstruar). Contudo, não tem como ele descamar e causar a menstruação nessas regiões, ocasionando reações inflamatórias (como lesões, aderências e cicatrizes internas) no corpo”, explica a ginecologista.

A doença é multifatorial, ou seja, a sua causa envolve fatores genéticos, familiares, hormonais, poluição, alimentação pró-inflamatória, sedentarismo, saúde intestinal e até taxa de gordura corporal. Todos eles influenciam na gravidade do quadro.

Ela é uma das principais causas de dor pélvica crônica, isto é, uma espécie de cólica muito forte que dura mais de seis meses. “Isso pode desencadear estresse pós-traumático, ansiedade e até depressão. Sem contar um aumento na infertilidade”, alerta a médica. Outros sintomas incluem:

  • Cólica forte;
  • Dor na relação sexual;
  • Menstruação alterada (fluxo intenso e irregular);
  • Mudanças no padrão da micção (xixi);
  • Humor inconstante;
  • Constipação e gases;
  • Por fim, dores no ciático, no pé e no ombro.

O tratamento passa pelo controle dos sintomas. Isso pode envolver o uso de anticoncepcionais e analgésicos, dormir bem, adotar hábitos saudáveis, fazer terapia comportamental e até fisioterapia do assoalho pélvico. Mas se os sintomas não passarem, há a indicação de cirurgia, que retira o tecido inflamado.

Leia também: Endometriose: Os exercícios físicos podem reduzir as dores

Endometriose e alimentação

Os alimentos têm um papel muito importante na diminuição da inflamação do corpo e, consequentemente, no alívio dos sintomas da endometriose. O ideal, então, é apostar em um cardápio que vai amenizar o estresse oxidativo das células, como antioxidantes, fitoquímicos e bioativos. Eles podem ser encontrados sobretudo nas vitaminas e nos minerais dos ingredientes de origem vegetal.

“É interessante pensar também nas sementes, que são ricas em fibras e colaboram com a saúde intestinal, ajudam na excreção de hormônios e são fáceis de encaixar na rotina”, acrescenta a nutricionista.

Por outro lado, é muito importante reduzir o consumo dos itens considerados pró-inflamatórios. Por exemplo:

  • Gorduras saturadas (presentes nas carnes vermelhas);
  • Gorduras trans (ultraprocessados);
  • Bebidas alcoólicas;
  • Além disso, embutidos (mortadela, salame, presunto, peito de peru).

A prática regular de atividade física é outro ponto essencial para o controle da endometriose.

Sobre o De Bem Com Você

No podcast da Vitat, Cris Dias conduz conversas descomplicadas com especialistas e convidados para você descobrir como ficar de bem com você. A cada semana, um episódio novo será lançado. Confira os outros temas aqui!

E tem para todos os gostos: os bate-papos também ficarão disponíveis nas plataformas de áudio Spotify, Deezer, Google e Apple.

Sobre o autor

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