Eletroneuromiografia: o que é, para que serve e como se preparar

Saúde
22 de Junho, 2022
Eletroneuromiografia: o que é, para que serve e como se preparar

Sabemos que o corpo humano é uma máquina complexa. Mas é fato que já existe um exame diferente para monitorar e compreender cada parte desse organismo. A eletroneuromiografia (ENMG) é um desses procedimentos e tem uma função particular para o sistema nervoso. A seguir, veja tudo sobre o exame.

Leia mais: Afinal, o que é e para que serve o exame Holter 24h?

O que é e para que serve a eletroneuromiografia?

O exame avalia a função do sistema nervoso periférico e muscular, por meio do registro das respostas elétricas desses sistemas. De acordo com Liége Mentz-Rosano, coordenadora médica do Programa de Coluna Fisiatria/Ortopedia da NotreDame Intermédica, o teste ajuda a identificar doenças que afetam os nervos e os músculos.

Se ainda ficou complicado de entender, nós explicamos: a eletroneuromiografia é útil quando o exame físico do paciente dá sinais de distúrbios neurológicos, como alterações na sensibilidade, perda de força e até atrofia muscular. Todos esses pontos levantam a suspeita de doenças no sistema nervoso periférico, que são confirmadas com a ajuda da eletroneuromiografia.

Doenças que o exame pode auxiliar no diagnóstico

As enfermidades são variadas e a eletromiografia torna-se uma aliada na identificação da doença, que deve ser feita por um profissional capacitado. Por exemplo, um médico neurologista ou reumatologista. Veja algumas condições:

  • Doenças do corno anterior da medula, como esclerose lateral amiotrófica, atrofia muscular espinhal, poliomielite e atrofia monomélica.
  • Radiculopatias por compressão de raiz nervosa por hérnia discal na coluna.
  • Síndrome de Guillain-Barré.
  • Plexopatias, como paralisia obstétrica braquial, lesões traumáticas em membros e toxicidade por quimioterapia.
  • Síndrome do túnel do carpo, paralisia facial, lesões de nervos periféricos e polineuropatia diabética.
  • Miastenia gravis, botulismo, polimiosite, dermatomiosite e outras distrofias musculares.

Como é feito o exame de eletroneuromiografia? 

A princípio, a avaliação possui duas etapas:

Neurocondução

A primeira parte consiste em aplicar pequenos sensores sobre a pele. Como resultado, esses dispositivos emitem leves impulsos elétricos para estimular a atividade muscular e dos nervos. Assim, torna-se viável o monitoramento dessas estruturas. Apesar de ser um pouco desconfortável devido aos pequenos choques, o procedimento não é dolorido.

Eletromiografia

Segundo Liége, essa etapa do exame é mais invasiva, pois exige a perfuração da pele até o músculo para inserir o eletrodo. “Durante o teste, o médico pede ao paciente para realizar alguns movimentos para que o eletrodo detecte os impulsos”, explica.

Contraindicações para a eletroneuromiografia

Por ser um exame que trabalha na análise do sistema nervoso a partir de estímulos nervosos, alguns grupos não podem realizá-lo. Por exemplo, pacientes com marcapasso desfibrilador, que tenham erisipela ou lesões cutâneas, coagulopatias como a hemofilia, ou cateter intracardíaco. Além disso, quem utiliza alguns tipos de anticoagulante, como a Varfarina, estão vetados ao procedimento.

Preparo do exame

As orientações são simples e não há muitas exigências para a realização da eletroneuromiografia. Contudo, é importante usar ou levar roupas folgadas ou curtas para facilitar a aplicação dos eletrodos e sensores. Não há problema em se alimentar antes e é necessário informar o uso de medicamentos ou sinalizar doenças ou uso de marca-passo. Por fim, não usar hidratantes, cremes, óleos ou outros produtos que atrapalham a colagem dos dispositivos na pele. Após o exame, a pessoa pode seguir com a rotina, sem interrupções ou limitações.

Onde realizar a eletroneuromiografia

A avaliação está disponível na rede pública e em clínicas e laboratórios privados. Também é possível fazer o procedimento sem custos pelo convênio, dependendo da cobertura contratada pelo paciente.

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e educadores físicos.

Leia também:

Tratamento para esquizofrenia
Bem-estar Equilíbrio Saúde

Tratamento para esquizofrenia: como funciona?

A adesão ao tratamento é essencial para evitar recaídas e garantir uma vida independente e produtiva

O que é esquizofrenia
Bem-estar Equilíbrio Saúde

O que é esquizofrenia?

Sintomas incluem alucinações e isolamento social

Saúde

Como criar novos hábitos?

Instalando hábitos novos Quando queremos mudar nossa vida fica muito mais fácil focar em instalar novos hábitos do que em eliminar os hábitos antigos. É mais