Quando a dor de cólica menstrual deixa de ser normal?

Saúde
05 de Outubro, 2022
Quando a dor de cólica menstrual deixa de ser normal?

Sofrer com dores durante o período menstrual é comum. Entretanto, algumas mulheres convivem com forte dor de cólica menstrual, condição que pode até mesmo impedi-las de exercer atividades básicas do dia a dia, como andar. Mesmo que o incômodo seja normal, em alguns casos, vale ficar em alerta. 

De acordo com Liliane Sato, ginecologista do Hospital Santa Catarina – Paulista, a intensidade das cólicas deixa de ser normal quando elas vão progressivamente piorando. Isto é, sem melhora mesmo com o uso de medicamentos analgésicos e acompanhadas de sintomas como desmaios, vômitos e diarreia

Além disso, se a dor for incapacitante ou piorar muito a qualidade de vida da mulher, também é preciso investigar. O alerta não é à toa: a dor excessiva da cólica menstrual pode indicar algo de errado na região reprodutora

“No caso de cólicas que piorem qualidade de vida da mulher, que vão aumentando progressivamente, acompanhado ou não de sintomas como alterações urinárias, dor na relação sexual, infertilidade, alteração de fluxo menstrual; é de extrema importância investigar doenças ginecológicas como pólipos uterinos, endometriose, miomas, doença inflamatória pélvica e tumores ginecológicos”, afirma Sato.

Leia também: Cólica menstrual: o que é, sintomas, tratamentos e causas

Por que as cólicas doem mais em uma mulher do que em outra?

As cólicas são variáveis de mulher para mulher, pois são influenciadas por fatores genéticos e psicológicos

“A dor é uma experiência individual, já que envolve questões como intensidade e frequência em que ocorrem, para que cada mulher tenha respostas diferentes à dor. E existe a diferença da cólica causada pelo próprio processo inflamatório e de contração uterina, que é a menstruação e a cólica agravada por alguma doença ginecológica, como pólipos, miomas ou endometriose”, conta a médica. 

Como diminuir a dor de cólica menstrual?

A dica da ginecologista é ter um estilo de vida saudável. Ou seja, uma boa alimentação, com redução de alimentos inflamatórios, atividades físicas regulares, manutenção de peso adequado, compressas mornas e boa hidratação no período menstrual. 

Por fim, outras formas de diminuir as dores incluem apostar em massagens, chás anti-inflamatórios (camomila, erva-cidreira, maracujá, entre outros) e também acupuntura

Fonte: Dra. Liliane Sato, ginecologista do Hospital Santa Catarina – Paulista

Sobre o autor

Gabriela Ferreira
Jornalista e Repórter da Vitat.

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