Diverticulite: O que é, sintomas e qual é a dieta apropriada
A diverticulite ou doença diverticular é uma condição que consiste na inflamação da parede interna do intestino. Ela é caracterizada, principalmente, pela formação de bolsas e quistos pequenos e salientes: os divertículos. É a inflamação dessas bolsas que provoca a doença. Saiba mais sobre a doença e conheça a dieta para diverticulite.
A presença dos divertículos é normal, no entanto, sua inflamação é o que leva à ocorrência desse problemas de saúde. Por isso, dietas pobres em fibras podem intensificar o processo inflamatório, pois a falta desse nutriente leva à constipação intestinal (prisão de ventre).
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Causas e sintomas da diverticulite
Quando há uma perfuração nos divertículos, pode acontecer a inflamação dessas estruturas. Entretanto, essa inflamação é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo que pessoas com HIV e idosos que tomam corticóides apresentam mais riscos de sofrerem com a condição.
Entre os principais sintomas, estão:
- Dor e sensibilidade na parte inferior do abdômen
- Febre
- Sangue nas fezes
- Náuseas
- Vômitos
Dieta para diverticulite: diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por meio de exames de investigação do tubo digestivo, como a colonoscopia, ultrassom, tomografia e endoscopia. Entretanto, a colonoscopia deve acontecer após o tratamento da infecção, pois pode causar sangramento no intestino e, consequentemente, agravamentos no quadro.
Carlos Machado, clínico geral especialista em medicina preventiva, retoma a importância em fazer um acompanhamento com um médico de confiança para agir de forma preventiva.
De tal forma, o diagnóstico assertivo é muito importante, uma vez que outras doenças podem apresentar sintomas parecidos, como a apendicite e o câncer de cólon – por exemplo.
Já em relação ao tratamento, nos casos de diverticulite leve, o repouso e uma dieta líquida já são o suficiente para que o paciente melhore. Ocasionalmente, o médico também pode prescrever antibióticos via oral.
Em quadros de diverticulite grave, os sintomas são mais agressivos e podem exigir hospitalização. Assim, o paciente recebe antibióticos pela veia, fica em jejum, recebe hidratação e permanece em repouso até que os sintomas melhorem.
Drenagem e cirurgia da diverticulite
Quando os divertículos não apresentam melhoras com o tratamento acima, pode ser necessária a drenagem dessas estruturas. Assim, utiliza-se uma agulha inserida pela pele e guiada por imagens para realizar o procedimento.
Caso a drenagem ainda não funcione, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica. Normalmente, a cirurgia acontece por causa de complicações, como a peritonite (infecção da cavidade abdominal) ou ruptura intestinal – além daqueles pacientes que não apresentam melhora dos sintomas em alguns dias após o tratamento.
Dieta para diverticulite
Quem sofre de diverticulite deve prezar por uma dieta rica em alimentos de fácil digestão, ou seja, ricos em fibras, pois elas melhoram a consistência do bolo fecal, o funcionamento do intestino e, sendo assim, acabam por evitar crises.
Além disso, as fibras estimulam o crescimento de bactérias boas e, por isso, beneficiam a saúde da flora intestinal como um todo. No entanto, as fibras devem ser consumidas a fim de evitar as crises, mas não podem ser consumidas durante elas, pois há risco de que elas piorem os sintomas, em especial a formação de gases.
Porém, durante uma crise fibras devem ser evitadas, pois fermentam e produzem mais gases, que podem piorar os sintomas. Sendo assim, a dieta durante a crise de diverticulite deve ser feita inicialmente apenas com líquidos claros e de fácil digestão, como caldos de galinha, sucos de frutas e água de coco. A partir de uma melhora do quadro é importante aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras e de água.
Ou seja, a ingestão de fibras deve sempre vir acompanhada de boa hidratação, pois se não houver boa ingestão de agua, as fibras podem ter efeito contrário e causar constipação.
Melhores alimentos
- Frutas, em especial as que têm bagaço, como mexerica, ou as que podem ser consumidas com a casca, como uva;
- Legumes, como brócolis, e verduras, como rúcula, alface e espinafre
- Farinhas e cereais integrais.
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