Diabetes: como prever os avanços da doença silenciosa?

Saúde
23 de Novembro, 2023
Diabetes: como prever os avanços da doença silenciosa?

O diabetes é uma doença crônica que pode causar níveis elevados de açúcar no sangue, conhecido como hiperglicemia. É perigosa e silenciosa, pois de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), aproximadamente 50% da população não sabe que tem a doença, uma vez que se desenvolve ao longo do tempo e as consequências do excesso de glicose no sangue podem demorar a aparecer.  

O diabetes se caracteriza pelo fato do corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz¹. A falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. No Brasil, ao menos 15,7 milhões de pessoas vivem com a doença, segundo estimativa do Atlas Diabetes 2021.

Dados da pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, revelam um aumento de 65,5% ao longo de 15 anos no percentual de brasileiros adultos com diabetes, saltando de 5,5%, em 2006, para 9,1%, em 2021. Especialistas atribuem o aumento ao envelhecimento da população e à piora em fatores de risco como o sedentarismo e a obesidade. 

Para evitar o avanço da doença, o monitoramento é fundamental. Isso porque ele evita, de médio a longo prazo, altos níveis de glicose no sangue e, consequentemente, alterações nas estruturas do corpo humano, como nos vasos sanguíneos. Evita, assim, o surgimento de doenças cardíacas, cerebrais, vasculares, alterações nos olhos, rins e terminações nervosas, como as mãos e os pés.  Veja a importância de monitorar o diabetes e como você pode fazer isso.

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Qual é a importância de monitorar o diabetes?

De acordo com a Dra. Patrícia Moreira Gomes, diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia da Regional São Paulo, “a monitorização do diabetes permite saber se o tratamento atual está adequado para atingir as metas desejadas. E, então, reduzir os riscos das complicações associadas à hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue).” 

As complicações mais comuns incluem retinopatia, neuropatia, nefropatia, cardiopatia e o pé diabético². Por essa razão, é importante fazer exames regulares e ficar alerta. 

Em pacientes com Diabetes tipo 1, a monitorização é ainda mais importante, visto que as doses de insulina precisam ser adequadas para se evitar hipoglicemias e reduzir as hiperglicemias. E no Diabetes gestacional, mulheres precisam de um controle da glicose ainda mais rígido, pois o feto em formação é muito sensível às subidas e descidas da glicose da mãe. De forma resumida, a monitorização permite reduzir as flutuações da glicose e, a longo prazo, reduzir complicações do diabetes.

Por essa razão, muitas vezes, gestantes com diabetes precisam ficar internadas. Além disso, pessoas com grande variabilidade glicêmica precisam de acompanhamento mais de perto.

Leia mais: Diabetes tipo 2: o que é, principais sintomas e como prevenir

Como monitorar o diabetes?

Existem algumas formas de monitorar o diabetes. Por exemplo, por meio do exame de ponta de dedo, feito a partir de uma gota de sangue proveniente do dedo. Exames laboratoriais também são importantes. “Em geral, eles são feitos a cada 3 meses após mudanças no tratamento ou 2 vezes por ano caso o paciente atinja as metas estabelecidas pelo médico”, explica a médica.

Outra opção mais moderna para monitorar o diabetes é a partir de sensores pequenos (semelhante a uma moeda de 1 real), aplicados na parte superior do braço e de forma indolor, sem necessidade de picar o dedo. Ele mede, continuamente a cada 1 minuto, as leituras da glicose e armazena os dados 4 durante o dia e a noite permitindo você ter uma visão dos seus fluxos de glicose.  

Como funciona o Freestyle Libre

O Freestyle Libre é um exemplo de sistema de monitoramento contínuo de glicose. Para realizar uma leitura, posicione o leitor ou o smartphone próximo ao sensor. O scan é indolor, leva apenas 1 segundo e pode ser feito mesmo sobre a roupa. É possível tomar banho, nadar ou praticar exercícios físicos com o sensor. Resistente à água, dura até 14 dias.

A cada scan você tem no leitor FreeStyle Libre ou no aplicativo FreeStyle LibreLink a leitura da sua glicose atual e uma seta de tendência7 que permitem prever o comportamento da glicose, indicando se a glicose está estável, subindo ou caindo.

E você ainda pode acompanhar seu histórico dos últimos 90 dias4 de glicose. O seu histórico e resultados de glicose, em tempo real, podem ser compartilhados com familiares e profissionais da saúde de forma remota via plataformas digitais do FreeStyle Libre, ajudando você a monitorar seus níveis de glicose e ter maior controle do diabetes. 

Alguns benefícios do FreeStyle Libre

  • O sensor do FreeStyle Libre foi desenvolvido para ser fácil de aplicar e fácil de usar. É uma tecnologia menos invasiva e mais conveniente do que as rotineiras picadas de ponta de dedo.
  • Oferecer gráficos e relatórios completos e de fácil entendimento, que permitem identificar com mais clareza e precisão os principais fatores que podem influenciar na flutuação da sua glicose.
  • É discreto e prático, podendo ser realizado em qualquer lugar.
  • Armazena o histórico de até 90 dias de dados4 de glicose, desta forma as anotações dos resultados no papel e caneta das pontas de dedo não são mais necessárias. 
  • É possível realizar anotações de alimentos, doses de insulina e atividades físicas, para ajudar a entender os impactos após tratativa. 
  • É possível compartilhar seus dados de maneira fácil com médicos, cuidadores e familiares. Permitindo assim a sua rede de apoio te ajudar a fazer o monitoramento da diabetes. 

Como prevenir o diabetes?

Além do monitoramento, existem outras formas de prevenir o diabetes. A especialista aponta, por exemplo, manter o peso adequado. “Muitos pacientes têm sobrepeso e obesidade, e alguns outros perderam peso por diabetes descompensado”, alerta. Além disso, é importante manter os níveis adequados de pressão arterial, colesterol e triglicérides, bem como parar de fumar e reduzir o consumo de álcool.

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Fonte: Dra. Patrícia Moreira Gomes, diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP

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