O diabetes é uma doença crônica que pode causar níveis elevados de açúcar no sangue, conhecido como hiperglicemia. É perigosa e silenciosa, pois de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), aproximadamente 50% da população não sabe que tem a doença, uma vez que se desenvolve ao longo do tempo e as consequências do excesso de glicose no sangue podem demorar a aparecer.
O diabetes se caracteriza pelo fato do corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz¹. A falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. No Brasil, ao menos 15,7 milhões de pessoas vivem com a doença, segundo estimativa do Atlas Diabetes 2021.
Dados da pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, revelam um aumento de 65,5% ao longo de 15 anos no percentual de brasileiros adultos com diabetes, saltando de 5,5%, em 2006, para 9,1%, em 2021. Especialistas atribuem o aumento ao envelhecimento da população e à piora em fatores de risco como o sedentarismo e a obesidade.
Para evitar o avanço da doença, o monitoramento é fundamental. Isso porque ele evita, de médio a longo prazo, altos níveis de glicose no sangue e, consequentemente, alterações nas estruturas do corpo humano, como nos vasos sanguíneos. Evita, assim, o surgimento de doenças cardíacas, cerebrais, vasculares, alterações nos olhos, rins e terminações nervosas, como as mãos e os pés. Veja a importância de monitorar o diabetes e como você pode fazer isso.
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De acordo com a Dra. Patrícia Moreira Gomes, diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia da Regional São Paulo, “a monitorização do diabetes permite saber se o tratamento atual está adequado para atingir as metas desejadas. E, então, reduzir os riscos das complicações associadas à hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue).”
As complicações mais comuns incluem retinopatia, neuropatia, nefropatia, cardiopatia e o pé diabético². Por essa razão, é importante fazer exames regulares e ficar alerta.
Em pacientes com Diabetes tipo 1, a monitorização é ainda mais importante, visto que as doses de insulina precisam ser adequadas para se evitar hipoglicemias e reduzir as hiperglicemias. E no Diabetes gestacional, mulheres precisam de um controle da glicose ainda mais rígido, pois o feto em formação é muito sensível às subidas e descidas da glicose da mãe. De forma resumida, a monitorização permite reduzir as flutuações da glicose e, a longo prazo, reduzir complicações do diabetes.
Por essa razão, muitas vezes, gestantes com diabetes precisam ficar internadas. Além disso, pessoas com grande variabilidade glicêmica precisam de acompanhamento mais de perto.
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Existem algumas formas de monitorar o diabetes. Por exemplo, por meio do exame de ponta de dedo, feito a partir de uma gota de sangue proveniente do dedo. Exames laboratoriais também são importantes. “Em geral, eles são feitos a cada 3 meses após mudanças no tratamento ou 2 vezes por ano caso o paciente atinja as metas estabelecidas pelo médico”, explica a médica.
Outra opção mais moderna para monitorar o diabetes é a partir de sensores pequenos (semelhante a uma moeda de 1 real), aplicados na parte superior do braço e de forma indolor, sem necessidade de picar o dedo. Ele mede, continuamente a cada 1 minuto, as leituras da glicose e armazena os dados 4 durante o dia e a noite permitindo você ter uma visão dos seus fluxos de glicose.
O Freestyle Libre é um exemplo de sistema de monitoramento contínuo de glicose. Para realizar uma leitura, posicione o leitor ou o smartphone próximo ao sensor. O scan é indolor, leva apenas 1 segundo e pode ser feito mesmo sobre a roupa⁵. É possível tomar banho, nadar ou praticar exercícios físicos com o sensor. Resistente à água⁶, dura até 14 dias.
A cada scan você tem no leitor FreeStyle Libre ou no aplicativo FreeStyle LibreLink a leitura da sua glicose atual e uma seta de tendência7 que permitem prever o comportamento da glicose, indicando se a glicose está estável, subindo ou caindo.
E você ainda pode acompanhar seu histórico dos últimos 90 dias4 de glicose. O seu histórico e resultados de glicose, em tempo real, podem ser compartilhados com familiares e profissionais da saúde de forma remota via plataformas digitais do FreeStyle Libre, ajudando você a monitorar seus níveis de glicose e ter maior controle do diabetes.
Além do monitoramento, existem outras formas de prevenir o diabetes. A especialista aponta, por exemplo, manter o peso adequado. “Muitos pacientes têm sobrepeso e obesidade, e alguns outros perderam peso por diabetes descompensado”, alerta. Além disso, é importante manter os níveis adequados de pressão arterial, colesterol e triglicérides, bem como parar de fumar e reduzir o consumo de álcool.
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Fonte: Dra. Patrícia Moreira Gomes, diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP