Desenvolvimento infantil: diagnóstico precoce pode evitar atraso em bebês e crianças
Os primeiros meses de vida são importantíssimos para o desenvolvimento infantil. Caso haja suspeita de algum atraso na fala e nas interações do bebê, é possível ter acompanhamento profissional precoce.
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Sinais de atraso no desenvolvimento infantil
De acordo com Daniella Brom, fonoaudióloga e diretora do BakyKids Centro de Especialidades, os indícios de atraso no desenvolvimento infantil aparecem nos cinco ou seis meses de vida. Sinais de alerta:
- Não solta gritinhos.
- Ausência de intenção de se comunicar.
- Evita contato visual e não brinca.
- Não pega na comida ou não tem curiosidade por objetos, pessoas ou animais.
Se alguns desses comportamentos se manifestarem, o médico (geralmente, um pediatra) possui protocolos padronizados, nacionais e internacionais, para realizar as avaliações.
Testes e perspectivas de tratamento
Embora seja difícil para os pais e responsáveis admitirem sinais de atraso, é preciso agir rápido. Dessa forma, o tratamento torna-se mais efetivo e melhora as condições de desenvolvimento da criança. Segundo Brom, as opções de testes e avaliações clínicas para diagnosticar evoluíram muito nos últimos anos.
“A ideia de que ‘cada criança tem seu tempo’, pode atrasar a busca da família por ajuda e diminuir as opções de intervenções e tratamentos precoces para as crianças”, reitera. Com 15 dias de vida é possível fazer avaliações, como a observação do frênulo da língua, feito ainda na maternidade. Depois são feitos testes de audição para ver se a criança escuta ou não, pois esse fator é relevante para o progresso da fala.
A princípio, o tratamento irá depender do diagnóstico relacionado ao atraso, que deve ser feito por um pediatra. Por exemplo, atrasos na fala, na linguagem e nas interações podem ter muitas causas que exigem precisão no diagnóstico. Síndrome de Down, problemas durante a gestação e Transtorno do Espectro Autista são alguns distúrbios ligados aos sintomas.
Por isso, é importante observar o repertório da fala até o primeiro ano de vida. A criança precisa ter no seu vocabulário palavras como “mamã”, “papá”, “água”, “bobó” (vovó) e precisa ter um vocabulário de fala. “Esse é um marco pontuado pelas referências científicas. A partir daí, as avaliações são cada vez mais minuciosas para perceber as questões mais sutis não só da comunicação, mas do desenvolvimento neurológico da criança”, explica a fonoaudióloga.
Marcos do desenvolvimento infantil
Acompanhe a evolução do bebê para avaliar possíveis alterações e recorrer a um pediatra ou fonoaudiólogo com especialização infantil.
- Primeiros quatro meses: é esperado mexer os olhos em todas as direções, sorrir para as pessoas, alcançar brinquedos, sustentar a cabeça, empurrar as perninhas e imitar sons.
- Até os seis meses: o bebê rola nas duas direções, reconhece familiares, responde com sons ao que ouve, tenta pegar objetos, começa a se sentar sem apoio e ri ou grita.
- A partir dos nove meses: começa o apego com familiares, entende o “não”, balbucia palavras “mama” e “papa”, faz movimento de pinça com os dedos e se senta sem suporte.
- 12 meses: responde comandos simples de voz, tenta reproduzir palavras, copia gestos, fica de pé apoiado, tem coisas e pessoas favoritas e pode dar passos.
- 18 meses: entrega objetos às pessoas, fala palavras simples, acena a cabeça para “sim” e “não” e anda sozinho.
- 24 meses: é capaz de imitar os outros, gosta de brincar com outras crianças, conhece nome de familiares e objetos, fala frases de duas a quatro palavras. Além disso, aprende a chutar uma bola e começa a correr e entender cores e formas.
Fonte: Daniella Brom, fonoaudióloga e diretora do BakyKids Centro de Especialidades.