Dermatite atópica e saúde mental: especialistas apontam relação

Saúde
23 de Março, 2022
Dermatite atópica e saúde mental: especialistas apontam relação

Dermatite atópica e saúde mental estão intimamente ligadas. Embora não seja contagiosa, a doença enfrenta preconceitos e afeta a autoestima das pessoas portadoras. Por essa e outras razões, a condição prejudica a autoestima e a qualidade de vida do indivíduo, que precisa de uma rede de apoio.

Veja também: Conheça as alergia mais comuns e aprenda a cuidar dos sintomas

O que é a dermatite atópica?

É uma doença que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões, coceiras intensas, além de deixar a pele extremamente seca e descamativa. Além disso, as lesões são doloridas e precisam de cuidados para controlar os sintomas.

Por que dermatite atópica e saúde mental estão relacionadas?

A combinação desses fatores modifica diversos aspectos na vida da pessoa com dermatite, sobretudo nas relações sociais, o que gera impactos negativos na qualidade de vida dos pacientes.

De acordo com a alergista e professora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Luisa Karla de Paula Arruda, essas alterações podem contribuir para o aparecimento de outros problemas, inicialmente não relacionados à doença. Por exemplo, noites mal dormidas causam cansaço, desatenção, irritabilidade e outras alterações de humor. Por causa das feridas visíveis, essas pessoas também são vítimas de discriminação, tendo problemas para se relacionar, e com a autoestima.  

Karla explica que quanto mais grave o quadro da doença mais intensos são esses sintomas. O tratamento vai “tentar diminuir a intensidade e frequência dos sintomas, e isso, consequentemente, vai levar à melhora desses aspectos emocionais que são tão importantes na vida do paciente com dermatite atópica”, afirma a alergista. 

Acolhimento do círculo social faz toda a diferença

Já a psicóloga da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, Maria Fernanda Laus, destaca o apoio como importante suporte para amenizar os impactos da doença na saúde mental. “É importante que o paciente tenha uma rede de apoio que evite conversas sobre corpos e aparência física, que deem suporte emocional e social para que o paciente tenha a sensação de pertencimento”, explica.

Apesar da rede de apoio ser necessária, o cuidado com o especialista deve ser priorizado. Portanto, procurar um alergista ou dermatologista para o tratamento da dermatite atópica e um psicólogo para a saúde mental garante um tratamento otimizado.

Fonte: Jornal da USP.

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