Aprenda como cuidar do piercing e garantir uma boa cicatrização
Com o sucesso dos piercings e até mesmo com o surgimento do visagismo de orelha — que determina a melhor forma de dispor os furos na região —, é de se esperar que a procura por esse serviço tenha aumentado bastante, certo? Uma questão, no entanto, diz respeito à cicatrização e aos cuidados necessários com o piercing para que a recuperação da região aconteça da melhor maneira possível.
Essa atenção começa bem antes de fazer o furo: já com a escolha do profissional, o manuseio dos instrumentos e o uso de luvas estéreis. “Por mais que seja um miniorifício, é um orifício na pele que abre uma porta de entrada para bactérias“, explica a dermatologista Ediléia Bagatin, coordenadora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Ou seja, escolher um local seguro, um profissional qualificado e garantir que os instrumentos utilizados estejam esterilizados é essencial para que o piercing não tenha problemas de cicatrização ou desencadeie outros problemas de saúde, como infecções.
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Quais os cuidados que temos que ter com o piercing?
“O principal cuidado é muita limpeza com água e sabonete. Não é preciso de nada além disso”, diz a médica. “Não dá para saber como a cicatrização está acontecendo, ela vai acontecer — geralmente, é sempre muito tranquila.”
Manter a rotina de limpeza pelo período recomendado (em média, de um mês), é o que vai garantir que a cicatrização ocorra como o esperado. Por isso, vale lembrar de sempre lavar as mãos antes de manusear o piercing e usar gazes limpas para a limpeza e desinfecção da região. Além disso, é preciso repetir esse processo de duas a três vezes por dia.
Os problemas de cicatrização de piercings acontecem se houver uma infecção secundária — isto é, se o furo infeccionar —, o que pode formar um abcesso, gerar secreção de pus e, às vezes, é necessário um antibiótico como parte do tratamento.
“O maior problema que acontece é surgir uma cicatriz aumentada. Ou até mesmo um queloide, que é uma tendência de cicatrização da pessoa, não tem a ver propriamente com o piercing. Isso porque a orelha é um local favorável para a formação de queloides“, explica. “Quando forma um queloide, o orifício fecha e é preciso cuidado médico, geralmente de um cirurgião plástico ou um dermatologista.”
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Fonte: Ediléia Bagatin, médica dermatologista e coordenadora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).