Cordocentese: o que é, quando fazer e possíveis riscos

Gravidez e maternidade Saúde
05 de Abril, 2022
Cordocentese: o que é, quando fazer e possíveis riscos

O cordocentese é um exame feito a partir da coleta de uma amostra do sangue fetal, obtido no cordão umbilical, com o objetivo de diagnosticar algumas patologias, como anomalias cromossômicas, por exemplo a Síndrome de Down, e doenças no sangue, como hemofilia, um distúrbio genético e hereditário que afeta a coagulação sanguínea.

Indicações para o exame

Segundo o ginecologista e obstetra Carlos Moraes, membro da Febrasgo, este é um exame bastante importante, contudo não são todas as gestantes que precisam fazê-lo. É indicado apenas para uma minoria, quando o resultado de outros exames é inconclusivo e há dúvida no diagnóstico de alguma patologia que possa complicar a saúde do bebê.

O exame pode ser realizado após a 18ª semana gestacional. As indicações mais comuns da cordocentese são:

  • Malformações fetais;
  • Infecção fetal (toxoplasmose, citomegalovírus ou rubéola);
  • Anemia fetal;
  • Incompatibilidade sanguínea materno-fetal;
  • Isoimunização (ou aloimunização) Rh.

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Diferença entre a cordocentese e a amniocentese

Embora seja confundida com a amniocentese, outro exame que pode ser feito durante a gravidez para identificar possíveis alterações genéticas no bebê ou complicações devido ao surgimento de infecções, são dois procedimentos feitos de formas diferentes.

A amniocentese consiste na aspiração de uma pequena quantidade de líquido amniótico, fluido que envolve o feto. Enquanto a cordocentese analisa o sangue do feto, coletado no cordão umbilical.

Como é feita a cordocentese?

O obstetra Carlos Moraes explica que o cordocentese é feito a partir da inserção de um cateter longo que coleta o sangue do cordão umbilical. Para isso, a gestante deita-se de barriga para cima e recebe anestesia local.

“Para obter maior precisão, é utilizado um equipamento de ultrassom para localizar exatamente onde será feita a coleta.” Em seguida, o sangue colhido é enviado para o laboratório.

“Após o exame recomenda-se que a gestante fique em repouso por 24 horas. Além disso, normalmente são prescritos remédios para inibir as contrações uterinas”, esclarece Moraes.

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Possíveis riscos

Por ser um exame invasivo, existe um risco mínimo de abortamento, parto prematuro ou rotura prematura de membranas. O médico pré-natalista e o especialista em medicina fetal costumam discutir com a família o equilíbrio entre riscos e benefícios do procedimento.

Fonte: Dr. Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, Membro da Febrasgo e Especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, e em Infertilidade Conjugal e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO. Atua nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre.

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