Corante vermelho pode causar doenças intestinais, aponta estudo
O corante vermelho, conhecido como corante 40, está presente em diversos alimentos industrializados. Embora muitas pessoas acreditem que ele é feito a partir do inseto cochonilha, não há evidências de que isso seja verdade.
A substância é produzida com materiais sintéticos, incluindo destilados de petróleo. Para investigar os efeitos desse corante no organismo, cientistas fizeram o experimento em ratos, que desenvolveram doenças intestinais, como a colite ulcerativa.
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Critérios e achados da pesquisa
Durante o estudo, os camundongos foram alimentados com quantidades variadas por 12 semanas. Nesse período, os animais que mais consumiram o corante corante apresentaram altas concentrações de serotonina, hormônio ligado à felicidade.
No entanto, por mais que isso pareça positivo, o excesso de serotonina pode prejudicar o equilíbrio intestinal, pois alteram a microbiota do órgão.
Prova disso é que os mesmos ratos desenvolveram problemas no intestino, principalmente a colite ulcerativa. A doença crônica consiste em inflamações e ulcerações na mucosa do intestino grosso, o cólon.
Os sintomas dependem da gravidade do quadro e podem variar de dor abdominal leve a mais grave, além de diarreia, constipação, sangramento intestinal, distensão abdominal e dor anal.
Ademais, é comum o aparecimento de sintomas em outros órgãos, como artrite, uveíte e inflamação na coluna. Ao contrário da doença de Crohn (outra doença inflamatória), a colite ulcerativa normalmente não afeta a espessura completa da parede intestinal e quase nunca ataca o intestino delgado.
A doença costuma acometer o fim do intestino grosso, podendo estender-se de forma parcial ou total pelo restante do órgão. Normalmente, ela surge entre os 15 e os 30 anos de idade. Mas uma minoria dos afetados sofre o seu primeiro ataque depois dos 50.
Efeito do corante vermelho em humanos
Os pesquisadores levantaram a hipótese de que a alta ingestão do ingrediente entre seres humanos pode comprometer o sistema imunológico. Contudo, cabem estudos que analisem a ação do corante em pessoas para entender os reais efeitos da substância.
Apesar da falta de clareza nesse sentido, existe o consenso médico sobre o risco de consumo de alimentos industrializados em geral.
Diversos estudos observaram as consequências de inúmeros componentes utilizados na indústria alimentícia. Dentre as descobertas, se destacam o risco elevado de câncer, obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
Portanto, é fundamental reduzir a quantidade de alimentos desse tipo: por exemplo, refrigerantes, salgadinhos, embutidos, congelados, sorvetes e frituras.
Então, priorizar uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras, vegetais, grãos, oleaginosas e carnes magras é a recomendação geral para prevenir enfermidades e manter a boa saúde.