Como prevenir a sarna?
No fim de junho, um surto de escabiose – a popular sarna – atingiu um grupo de refugiados afegãos instalados temporariamente no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A doença foi confirmada em três pessoas, segundo a Prefeitura de Guarulhos. No entanto, há relatos de que haveria pelo menos mais de 20 casos. Em resposta, a prefeitura está distribuindo medicamentos e reforçando medidas de higiene no local. Mas afinal, como prevenir a sarna?
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O que é a sarna?
Causada pelo Sarcoptes scabie, um ácaro parasita que vive e se reproduz na pele, a sarna é altamente contagiosa. Dessa forma, pode afetar adultos e crianças. Em resumo, esse ácaro cava “túneis” sob a pele onde a fêmea deposita os ovos.
“No entanto, para que ocorra a transmissão, é necessário haver contato interpessoal próximo, como pegar na mão e abraçar, por exemplo”, explica o dermatologista Alberto Cardoso, do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Há um tipo de sarna conhecida como crostosa ou norueguesa, mais comum em imunodeprimidos. Nesse caso, a pessoa tem uma hiperinfestação com milhões de parasitas, o que facilita a dispersão desses ácaros.
Como prevenir a sarna?
O contágio por objetos compartilhados pode ocorrer, mas não é tão comum. Isso porque o ácaro não sobrevive por muito tempo fora do hospedeiro. Por isso, para prevenir a infecção, deve-se evitar o contato íntimo com pessoas contaminadas e manter bons hábitos de higiene. Ou seja, lavar sempre as mãos com água e sabão e usar álcool gel, além de não compartilhar roupas e toalhas. “É mais difícil se contaminar ao sentar em um banco, por exemplo, porque o parasita não atravessa a roupa”, diz o especialista.
O diagnóstico é clínico, a partir da observação de lesões típicas. O principal sintoma é uma coceira intensa, principalmente à noite. A infecção deixa uma espécie de rastro na pele e pápulas – bolinhas bem características. O tratamento é feito com loções tópicas, mas pode incluir medicamentos via oral. Normalmente, repete-se o tratamento após uma semana para eliminar os ovos que possam ter permanecido. Embora dificilmente cause complicações, se a infecção se tornar muito intensa ou crônica. Além disso, as lesões que ocorrem pelo ato de coçar podem abrir caminho para infecções bacterianas secundárias.
Fonte: Agência Einstein.