Combinação de remédios controlados afeta a eficiência dos medicamentos?

Saúde
19 de Outubro, 2022
Combinação de remédios controlados afeta a eficiência dos medicamentos?

Para quem convive com mais de uma doença crônica, é normal precisar fazer o uso de mais de um medicamento por dia. Você já parou para pensar o que a combinação de remédios controlados pode resultar? Assim, será que o uso de um interfere no outro? Abaixo, tiramos algumas dúvidas sobre a questão. 

Tomar mais de dois medicamentos por dia é perigoso?

É comum, especialmente entre os idosos, que haja a manipulação de mais de um remédio controlado por dia. O neurologista Daniel Peçanha Drumond explica que o uso desses medicamentos, chamados psicotrópicos, com indicação médica podem ser utilizados em conjunto sem problemas. 

“Exemplos positivos: antidepressivos e antiepilépticos, ansiolíticos e estabilizadores de humor, dentre outros”, diz. Entretanto, vale se atentar no cuidado desses remédios misturados com drogas ou bebidas alcoólicas com o mesmo mecanismo de ação. 

Leia também: Remédios prejudicam a saúde bucal? Conheça os riscos

A combinação de remédios controlados pode interferir no efeito dos mesmos?

O neurologista conta que as interações medicamentosas são diversas. Ou seja, podem potencializar ou reduzir, sim, o efeito uma das outras. “O conhecimento destas interações é muito importante antes da prescrição e para orientação. Por exemplo: determinados antiepilépticos reduzem o efeito de diversas drogas, inclusive anticoncepcionais e antibióticos. Outras medicações por potencializar o efeito de outras pode intoxicar o paciente”, alerta. 

Não existe um máximo determinado de quantidades de remédios controlados que possam ser tomados juntos. Dessa forma, varia de caso a caso. No entanto, doenças como Parkinson, Alzheimer e transtorno bipolar só podem ser manejadas com múltiplas drogas. Então, é preciso ter cautela pelo risco de interações entre os remédios.

Por fim, sobre o intervalo entre os medicamentos, o médico aconselha quanto menor o número de tomadas diárias, maior a adesão ao esquema terapêutico. “As exceções são para medicações de uso em jejum ou após a alimentação”, completa.  

Fonte: Daniel Peçanha Drumond, neurologista da Rede Mater Dei de Saúde (CRM MG 35536).

Sobre o autor

Gabriela Ferreira
Jornalista e Repórter da Vitat.

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