Colostro: entenda o que é e qual a sua importância
A amamentação fornece o melhor alimento para a nutrição e desenvolvimento do bebê após o nascimento. Especialistas são unânimes em afirmar que o leite materno tem propriedades nutritivas exclusivas de fácil digestão. No entanto, muitas mães podem ficar inseguras quanto a eficiência do colostro, fase que antecede o leite maduro. Será que ele é suficiente para alimentar o bebê? Confira a seguir.
Afinal, o que é colostro?
O colostro é um líquido amarelado e espesso e que está presente na primeira mamada do bebê. O leite é rico em anticorpos e pode ser considerado como a primeira vacina do recém nascido por conta das suas proteínas e anticorpos.
Assim, o leite fica acumulado nas células alveolares dos seios de forma antecipada, por volta da 20º semana de gestação, e está presente nos primeiros 2 a 4 dias depois do nascimento. De acordo com a Dra Maria Laura Jóia, Pediatra do Grupo Prontobaby, a descida do leite ocorre algumas horas após o parto.
O colostro é suficiente?
Durante a gravidez, muitas mulheres podem se questionar como funcionará a amamentação e se o seu leite será suficiente para nutrir o bebê. Essa é uma insegurança muito comum, porém, não há com o que se preocupar. A produção desse tipo de leite é intencional e possui propriedades calóricas e nutritivas.
Sendo assim, os médicos recomendam a amamentação com o colostro. De acordo com a pediatra Maria Laura, o aleitamento materno é responsável pela proteção do recém nascido no início da vida, estimula o vínculo afetivo entre mãe e filho, não demanda tempo de preparo e não tem custo. Ou seja, só existem pontos positivos em amamentar o bebê com o colostro. Após os primeiros dias de amamentação, o colostro é substituído pelo leite materno, também chamado de leite maduro.
Composição do primeiro leite
O colostro é rico em proteínas, peptídeos antimicrobianos, anticorpos e propriedades anti-inflamatórias. Dessa forma, ao contrário do leite maduro, o colostro apresenta uma baixa concentração de lactose e gordura, o que faz com que ele tenha um aspecto mais líquido.
Nesse sentido, a cor amarela do leite se deve ao fato dele ser rico em carotenoides, que são pigmentos lipossolúveis responsáveis pela coloração laranja, amarela e vermelha. Logo, os carotenoides são transformados em vitamina A, que por sua vez, apresentam grande importância para o recém-nascido com a função antioxidante.
Benefícios da amamentação
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. Recentemente, uma pesquisa divulgada no periódico The Lancet mostrou que a amamentação está associada a uma redução de 13% na probabilidade de sobrepeso e/ou obesidade em crianças, e também a uma queda de 35% na incidência do diabetes tipo 2. Além do mais, a mesma análise comprovou que o leite materno contribui para um aumento médio de três pontos no quociente de inteligência (QI) dos pequenos.
Além disso, por ser repleto de anticorpos fundamentais para a saúde e para a resistência do bebê, o alimento ajuda na composição de uma microbiota intestinal equilibrada, que protegerá a criança de possíveis doenças na vida adulta, incluindo a asma. Foi o que mostrou um outro artigo, desta vez da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá).
Por fim, se você está à espera de um bebê, abandone inseguranças sobre a efetividade do colostro e ofereça o leite ao seu bebê.
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Fonte: Dra Maria Laura Jóia, Pediatra do Grupo Prontobaby.