Cloro de piscina faz mal? Conheça os riscos para a saúde

Saúde
12 de Abril, 2022
Cloro de piscina faz mal? Conheça os riscos para a saúde

Um banho de piscina bem gelado no verão ou bem quentinho no inverno é tudo de bom. Mas, dependendo de como a água da piscina é higienizada, algumas reações podem surgir em nosso corpo – principalmente durante contato prolongado, como o cloro de piscina, por exemplo.

O produto em excesso pode causar sensibilidade e irritação em algumas partes do corpo, como a pele, cabelo e trato respiratório, ocasionando a aparição de algumas alergias, ressecamento dos fios capilares, vermelhidão e até mesmo queimaduras. 

Entenda mais sobre esse produto, os malefícios do contato com nosso corpo e como cuidar da sua saúde caso ao utilizar piscinas com cloro. 

Danos causados à pele e ao cabelo pelo cloro de piscina 

Por mais que seja importante para evitar a presença de bactérias e seres causadores de doenças, o cloro utilizado na higienização de piscinas pode ser prejudicial à saúde de crianças e adultos, principalmente àqueles que possuem maior sensibilidade na pele ou alguma condição dermatológica. Isso porque o uso diminui ainda mais a camada de gorduras estruturais da pele.

De acordo com a Dra. Caroline Pereira, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), “a exposição prolongada da pele à água com cloro provoca a retirada da camada lipídica que protege nossa pele. Assim, ela fica mais seca e sensível, favorecendo o surgimento de dermatites, coceira e irritação”.

Já o contato do produto com o cabelo danifica os fios ao penetrar nas células de queratina, deixando-os “encharcados”. Além disso, no cabelo, o pH baixo do cloro pode deixá-los fracos, opacos, quebradiços e causar, inclusive, queda capilar.

Cuidados que devem ser tomados com o cloro de piscina 

Para evitar o ressecamento da pele após contato prolongado com o cloro, você pode adicionar alguns cuidados a sua rotina e colocar algumas dicas em prática.

Por exemplo, o Dr. Renato Pazzini, dermatologista pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD),  ressalta a importância de lavar a pele com um sabonete neutro após os banhos de piscina. Ele também comenta a importância da hidratação. “Importante lavar a pele com um sabonete neutro após os banhos de piscina e caprichar no hidratante. Assim, conseguimos repor, em parte, um pouco da proteção da pele”.

Já para os cabelos, os cuidados envolvem o uso de tocas impermeáveis, que ajudam a diminuir o contato dos fios com o cloro, além da aplicação de hidratantes e condicionadores. 

Dicas para colocar em prática

Confira alguns cuidados para pele e cabelo apontados pelos especialistas:

  • Evite entrar em piscinas se você já está com alguma dermatite ou ressecamento da pele;
  • Antes de entrar na piscina, molhe os cabelos com água corrente. Desta forma, os fios ficarão “cheios” de água e não absorverão tanto a água da piscina;
  • Utilize toucas impermeáveis
  • Não abra os olhos embaixo da água sem proteção, pois o cloro pode machucar a córnea — fina camada que recobre o olho;
  • Lave os cabelos imediatamente ao sair da piscina, diminuindo, assim, o tempo de exposição ao cloro;
  • Lave o corpo com sabonete neutro e os cabelos com shampoo anti-resíduos. Capriche no hidratante e condicionador;
  • Evite shampoo com sulfato, substância considerada como um “detergente”. Seu uso retira toda a proteção do fio;
  • Utilize de loções syndet (sabonete sem sabão) no banho e hidratantes diários, principalmente após a ducha, pois com a pele úmida a penetração na pele é mais fácil;
  • Prefira produtos à base de lipossomos e ceramidas, pois proporcionam uma camada extra de proteção para a pele;
  • Evitar tudo que deixa a pele ressecada, como banhos quentes e demorados, muito sabonete na pele, assim como buchas e esfoliantes;
  • Ao longo do dia, utilize água termal na pele, pois tonifica e recupera os sais minerais.

Por fim, algumas alternativas podem ser utilizadas para higienizar a água de piscina que não envolvem a utilização do cloro. Por exemplo, o uso do gás natural ozônio, que é considerada uma maneira bastante segura e eficaz de se livrar de bactérias e fungos.

Fontes: Dra. Caroline Pereira, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) (CRM: 134.430) e Dr. Renato Pazzini, dermatologista pela USP, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro do Corpo Clínico dos hospitais Albert Einstein e Oswaldo Cruz (CRM: 140.883).

Links úteis

Fundação Eczema

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Sobre o autor

Gabriel Saez Domingues
Estagiário de jornalismo, formando pela Unesp.

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