Cigarro eletrônico faz mal? Lucas Viana é internado após uso

Saúde
27 de Junho, 2022
Cigarro eletrônico faz mal? Lucas Viana é internado após uso

Lucas Viana, vencedor da 11ª edição de A Fazenda, precisou ser internado às pressas devido ao uso do cigarro eletrônico. Segundo o próprio influenciador, o aparelho provocou uma “falta de ar de um jeito surreal. Parecia que estava entupido, como se estivesse afogando [sic]”, relatou. Afinal, o cigarro eletrônico faz mal e pode causar desconfortos súbitos como os de Lucas? Saiba mais a seguir.

Cigarro eletrônico pode causar doenças diversas

O cigarro eletrônico começou nos Estados Unidos e teve uma alta adesão do público, principalmente entre os mais jovens. Na época, muitas pessoas acreditavam que tais dispositivos não traziam malefícios. Entretanto, diversos estudos contrariam tal teoria e comprovaram que o cigarro eletrônico faz mal. Recentemente, uma análise descobriu a relação entre o uso do dispositivo e um aumento da chance de desenvolver pré-diabetes.

O American Journal of Preventive Medicine publicou uma análise que identificou um maior risco de desenvolvimento de pré-diabetes naqueles que fazem uso do cigarro eletrônico. Os autores analisaram dados de 2016 a 2018 de uma pesquisa de saúde. A pesquisa analisou questionários respondidos por mais de 600.000 pessoas e constatou que 9% daquelas que fumavam cigarros eletrônicos responderam de maneira afirmativa para o pré-diabetes. Entre os que fumavam cigarros comuns e eletrônicos, o número foi para 10,2%. A nicotina, presente nos cigarros comuns, tem um impacto negativo na produção de insulina e, pelos resultados, os cigarros eletrônicos causam efeito semelhante.

Cigarro eletrônico faz mal?

A essa altura, certamente você já sabe que o dispositivo é nocivo à saúde. Justamente por não expor o usuário ao monóxido de carbono, já que não precisa de combustão para funcionar, o cigarro eletrônico torna-se uma ilusória alternativa positiva ao cigarro. Além disso, ele não provoca um odor forte para as pessoas que estão ao redor, e possui diversos sabores – desde chocolate até banana.

Apesar de ser uma invenção recente e, por esse motivo, não existirem estudos sobre as consequências do uso do dispositivo a longo prazo, já existem pesquisas que apontam os malefícios do cigarro eletrônico. 

Além dos problemas respiratórios, a saúde cardiovascular, por exemplo, é uma das que mais é colocada em cheque. Um estudo publicado em 2019 no Circulation descobriu que, dos 476 adultos saudáveis analisados, adeptos do cigarro eletrônico apresentavam taxas mais altas do LDL (considerado ruim), em comparação com os não fumantes.

Além disso, autores de uma pesquisa realizada pela Associação Norte-Americana do Coração afirmaram que os danos dos dispositivos são semelhantes aos do cigarro tradicional: “Uma única sessão de exposição ao aerossol de vários sistemas eletrônicos de entrega de nicotina (ENDS, na sigla em inglês), incluindo múltiplos tipos de cigarros eletrônicos, produto de tabaco aquecido e dispositivo de vaporização ultrassônica, todos lesionaram a função vascular endotelial comparável aos cigarros por combustão”.

Outros estudos ainda descobriram relações entre o cigarro eletrônico e disfunção erétil em homens, doenças pulmonares e câncer.

Leia mais: Cigarro eletrônico: como atrapalha a saúde do coração?

Como parar de fumar

Deixar o cigarro, seja eletrônico ou não, de lado, é difícil. Como qualquer vício, o organismo se acostuma com as substâncias, causando uma dependência extrema. O hábito se torna quase incontrolável e, consequentemente, não causa efeitos saudáveis no corpo.

Por isso, quando alguém decide parar de fumar é preciso uma rede de apoio bem estabelecida. O Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, oferece tratamento gratuito para essas pessoas.

Primeiramente, é possível parar imediatamente de fumar. Ou seja, escolher uma data, e se comprometer a não fazer uso do cigarro a partir de então. Outra alternativa é fazer a parada gradual. Nessa tática, você diminui o número de cigarros ou adia a hora que começa a fumar. A melhor alternativa, no entanto, é fazer acompanhamento com profissionais que ofereçam um tratamento individualizado.

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